Sisgraph lança solução para o aumento de produtividade das usinas

customizações de sua linha de software GeoMedia voltada especificamente para as usinas de cana brasileiras. A Intergraph foi considerada pela Forbes a 12ª maior empresa de software do mundo e é lider mundial em sistemas de informações geográficos, ou seja, em soluções que transformam os dados coletados em referências geográficas, auxíliando a tomada de decisões.

“Nosso primeiro passo foi instalar nossos softwares em três importantes usinas de açúcar e álcool do País”, conta Fernando Schmigelow, gerente de marketing da Sisgraph. “Assim, os banco de dados dessas empresas puderam ser conectados a aplicativos que geram mapas dinâmicos e temáticos automaticamente”. Essas empresas encontraram uma ferramenta que traduz em mapas uma série muito grande de informações (sejam elas comerciais, sobre fretes e cargas, e até técnicas como fertilidade de solo, planejamento varietal, etc.). “Essas usinas aposentaram pilhas de papéis e tabelas e as

trocaram por mapas que indicam informações de forma muito mais resumida, o que viabiliza um processo de tomada de decisões gerenciais e estratégicas muito rápido”, resume Schmiegelow.

MAPAS NA WEB

“Já iniciamos até a publicação, recuperação e consulta de mapas pela Web”, declara Paulo Carvalho, gerente de tecnologia da Usina Colorado, do Grupo Empresarial Colorado, localizada em Guairá, São Paulo. “Nosso desafio agora é informatizar nossas equipes de campo com Palm Top (micros de mão) e GPS para que eles também tenham acesso on-line aos nossos mapas, podendo alimentá-los com novos dados ou simplesmente consultá-los”, arremata Carvalho. Ele conta que, de alguns anos para cá, os negócios e atividades da usina de açúcar e álcool do grupo mudaram muito, “até em função do mercado exportador de açúcar”, o que provocou um crescimento profissional e tecnológico da empresa e os sistemas tradicionais de informática usados no gerenciamento de atividades agrícolas se provaram insuficientes. Modernizar os sistemas de controle e gestão acabou sendo fundamental para otimizar os recursos existentes abrindo espaço para o aumento e aceleração da produção.

“Ou enfrentávamos uma montanha de relatórios ou fazíamos mapas e pintávamos a mão”, continua Carvalho, para que todos os setores do grupo pudessem ver onde estavam os recursos de solo disponíveis, as áreas que deveriam ser adubadas, as variedades de cana que poderiam ser plantadas, colhidas e informações gráficas sobre a disponibilidade de recursos humanos e equipamentos, trajetos de cargas, etc. “Hoje, o Grupo Colorado pode tomar decisões mais precisas e muito mais rápidas. Podemos gerir todo o negócio com muito mais acertos. Dessa forma aceleramos a produção e os processos e

podemos realizar a gestão com muito maior eficácia e com dados mais

refinados”, conclui Carvalho, apontando que o setor tem um grande potencial de mercado, pelo fato de ser ecologicamente correto, com o direcionamento da substituição do chumbo da gasolina pelo álcool e pela possibilidade de produção de energia renovável de fonte limpa como é a biomassa.

Atualmente, o Grupo Colorado conta com 45 mil hectares plantados de

cana-de-açúcar e a colheita é inteiramente mecanizada. A usina tem a

capacidade de esmagar 3,3 milhões de toneladas de cana por safra e pode produzir, ao dia, cerca de 30 mil sacos de 50 quilos de açúcar e 770 mil litros de álcool anidro. O grupo também possui 7 mil hectares dedicados ao plantio de soja, arroz e milho para diversificar suas áreas. Com um total de 3,5 mil funcionários, o Grupo Colorado também tem atividades na pecuária, concessionárias de veículos e tratores, além de uma empresa de transportes de cargas.

Para Fernando Schmiegelow, as novas soluções ajudarão muito no gerenciamento de terras e na conquista da agricultura de precisão. “Essas empresas poderão de forma mais ágil e precisa definir as áreas de plantio, levando em consideração um número muito maior de informações e variáveis como a composição química dos solos (e suas transformações) a variedade de plantas em disponibilidade, facilidades de transporte e manejo, disponibilidade de equipes e muitas outras”, explica Schmiegelow, destacando que tais ferramentas poderão interferir até em pesquisas e desenvolvimento como clonagem de mudas e engenharia genética.

Já Fabio Andreotti, Gerente de Contas da Sisgraph, conta que a experiência da Sisgraph no agribusiness começou com o Grupo Suzano e a International Paper, da área de papel e celulose, interessados em otimizar e gerenciar grandes projetos de reflorestamento. “Agora, os produtos da linha GeoMedia estão sendo implantados nas Usinas Cerradinho (região de Catanduva- SP) e nas Usinas Guairá e Colorado (na cidade de Guairá, região de Ribeirão Preto-SP)”, todas interessadas no melhor gerenciamento de informações agrícolas e gerenciamento de fazendas. “Esses três clientes estão ligando as

informações de talhões, ocorrências de pragas e outros fatos com os mapas gerados por nossos programas. Eles permitem visualizar as informações do banco de dados na forma de mapas, como por exemplo, produtividade, fertilidade, ocorrência de pragas, idade do canavial, curva de maturação.

Permitem ainda análises espaciais, impossíveis de serem feitas num banco de dados. Um bom exemplo é o uso da informação contida num mapa de solo ou ambiente de produção cruzada espacialmente com as necessidades e características de cada variedade de cana. Assim, nossas soluções transformam-se em excelente ferramenta para planejamento e tomada de decisão no ambiente agrícola”, conclui Andreotti.

A Sigraph pretende também que suas soluções sejam usadas como ferramentas de logística para controle de frotas, além de geração de recomendações agronômicas na forma de mapas, manutenção, indústria e outros setores da cadeia sucroalcooleira. As novas soluções se adaptam a qualquer ambiente de informática corporativa que as empresas já montaram, podendo ser instaladas junto com bancos de dados, datawarehouses, sistemas de gestão integrada de negócios (ERPs) e outros.