Mercado

FMC aposta no Noroeste paulista

A FMC Química do Brasil, uma das maiores empresas agroquímicas do País e com forte presença no segmento da cana-de-açúcar, está apostando no crescimento desta cultura na região Noroeste do Estado de São Paulo, e mostrou seus principais produtos e tecnologia na Feicana 2003 – Feira de Negócios da Agroindústria Sucroalcooleira. O evento, que ocorreu entre 11 e 13 de março, em Araçatuba contemplou também assuntos relacionados ao mercado interno e externo de açúcar e álcool, com informações e novidades do setor.

Durante os três dias de feira, a FMC Química mostrou em seu estande, seus novos produtos, como o Talstar e o Katana, além de outros já consagrados no mercado, como o Furadan e Gamit.

Segundo José Ovídio Bessa, gerente de Marketing do Negócio Cana-de-Açúcar da FMC, a Feicana 2003 foi muito importante para inserir o Noroeste Paulista como uma das maiores regiões produtoras de cana-de-açúcar do País, valorizando os produtores locais e as usinas da região. “Como uma empresa sempre alinhada aos anseios dos produtores, a FMC prestigia o evento mostrando os principais produtos e tecnologias que foram criados para melhorar a produtividade e rentabilidade da cadeia produtiva”, explica José Ovídio.

Talstar 100 CE – O Talstar é um inseticida de amplo espectro, com alta eficiência e melhor custo/beneficio no controle de cupins. Pesquisas da empresa revelam que esta praga reduz em até 30% a produtividade da cana-de-açúcar. O produto está sendo comercializado na formulação 100 CE. Trata-se de um piretróide de terceira geração, que está sendo introduzido no mercado pela FMC. Seu princípio ativo vem da bifentrina, uma molécula moderna, que tem como características possuir uma ação residual longa, não causar irritações durante a aplicação, possuir baixo risco ambiental e proteção à cultura nos momentos mais críticos.

Katana – Outra novidade que a FMC está trazendo para ajudar os produtores a diminuir custos e aumentar a produtividade é o Katana, um herbicida moderno, seletivo para a maioria das variedades de cana-de-açúcar, e que tem amplo espectro de ação contra gramíneas, folhas largas e efeito de supressão em tiririca. Os principais benefícios do produto estão na versatilidade: pode ser aplicado em pré ou pós-emergência das plantas daninhas. Tem amplo espectro de controle, proporcionando um controle efetivo das principais ervas, principalmente gramíneas. E, finalmente, requer menor descarte de embalagens, por se tratar de um produto moderno, de baixas dosagens do ingrediente ativo.

Uma história de parceria – O lançamento do Talstar e do Katana é o resultado de uma forte parceria entre o setor sucroalcooleiro e a FMC Química do Brasil. Sempre alinhada às dificuldades e reais necessidades do produtor, a empresa se preocupa em oferecer soluções e aumentar a produtividade, sempre buscando o melhor custo/beneficio na produção de açúcar e álcool.

“Isto não é uma política de comercialização, mas sim uma filosofia que adotamos no sentido de nos colocar sempre como um parceiro do produtor brasileiro, entendendo seu negócio e dando o apoio necessário para que ele se desenvolva, fortalecendo sua atividade”, destaca José Ovídio Bessa.

A história da parceria entre a FMC e o produtor de cana vem de longa data. Em 1996, a FMC dá os primeiros passos para consolidar sua parceria com o setor e cria o Clube da Cana e, paralelamente, na área técnica, desenvolve em conjunto com usinas e pesquisadores, duas soluções: um herbicida que solucione o problema da tiririca e outro, com princípio ativo e modo de ação diferente, para o controle das plantas daninhas.

No ano seguinte – em julho de 97, o primeiro resultado dessa parceria é apresentado às usinas: com a proposta de ser a solução mais versátil, é lançado o Sinerge, um herbicida que vem com dois princípios ativos diferentes, proporcionando modos de ação diferenciados. Até hoje, é o herbicida de maior consistência na performance, e considerado um padrão de controle.

A FMC mostrava que a parceria havia vindo para ficar. Em setembro do mesmo ano, outra novidade: a empresa lançou o Boral, considerado o melhor herbicida no controle da tiririca. Estudos e aplicações comerciais em campo vem confirmando, ano a ano, sua eficácia superior.

Campanha pró-álcool – Apesar das boas notícias no campo, na política econômica o futuro anunciava um quadro de crise. Levantando a bandeira do produtor de cana-de-açúcar e mostrando que a parceria da FMC ia muito além dos laços comerciais, a empresa sai na frente e inicia, em novembro, a campanha “Pró-álcool, Pró-cana, Pró-Brasil”, uma ação de quem acredita, porque conhece o setor de perto. As ações da FMC não pararam por aí. Em junho de 1998, a empresa incentivou a substituição dos carros à gasolina por veículos movidos a álcool, fazendo a renovação da frota da equipe: toda com carros movidos a este combustível. “A idéia foi provar, na prática, a viabilidade do carro a álcool e reforçar o crédito que a empresa depositava no setor”, lembra José Ovídio.

Duas novas grandes ações públicas ganhariam manchete dos principais jornais em favor do segmento sucroalcooleiro. Em agosto de 98, em conjunto com a Usina Cocal, a FMC organiza um encontro de municípios ligados ao setor. No final do mesmo ano, em dezembro, a FMC voltou às ruas e, em conjunto com a Câmara Municipal da Araras, organiza uma manifestação pacífica em prol do setor sucroalcooleiro.

Campanha nacional – Em 1999, observando a dificuldade no mapeamento das áreas de nematóide na região Nordeste devido ao custo de envio de amostras da região Nordeste para o Centro Sul o que acabava inviabilizando as análises -, a FMC, inovando de novo, buscou a solução: uma parceria entre a Agroal e o laboratório ANNA, foi inaugurado em fevereiro de 99, como o primeiro laboratório de análise de pragas do solo em Maceió, dando suporte técnico, com custos subsidiados pela FMC, para os produtores.

Nesse ano também se registra o pior momento da história para os produtores de cana. A FMC, atenta a essas questões, viabiliza uma reunião com o Vice-Presidente da República, Marco Maciel, em que um grupo de fornecedores de cana pede atenção do governo para o setor.

Em julho de 1999, a crise do setor sucroalcooleiro atinge seu ponto máximo e a FMC se une ao setor na volta por cima. O apoio materializa-se por meio do PMA – Programa Master em Agribusiness, que busca a profissionalização do setor, focando em uso de mais tecnologia; novas ferramentas de gerenciamento; uma visão mais ampla do negócio; uso racional dos recursos disponíveis. “Nesse momento, reavivaram-se os ânimos e novas perspectivas se abriram”, relembra José Ovídio.

Melhorias na economia – Depois de altos e baixos, em 2000, a oferta diminui devido aos baixos investimentos em produtividade e à forte seca nos canaviais. O resultado: os preços de açúcar e álcool melhoram.

Se os trabalhos pela recuperação do setor nos bastidores diminuíram, no campo, a FMC dava seqüência ao programa de recuperação de soqueiras com o uso do Furadan, um trabalho conjunto do Clube da Cana, usinas e consultores. No ano seguinte, em 2001, crescem as áreas de cana-crua e, com elas, o ataque da cigarrinha, e as perdas na produtividade. Em caráter de emergência, a FMC busca a resposta. Junto com pesquisadores e usinas desenvolve o uso do Furadan no controle da cigarrinha.

Em setembro, a falta de perspectivas para a produção faz cair o preço da cana. Aumentar a produtividade virou uma questão primordial. A FMC sai na frente para resolver a equação custo/benefício. Junto a usinas e pesquisadores, começa a desenvolver duas moléculas de alta eficácia e baixo custo.

Em 2002, reafirmando os laços sólidos que ligam a FMC com o produtor de açúcar e álcool, a empresa lança o Talstar, um inseticida de alta eficiência e melhor custo/benefício para o controle de cupins, uma praga que, se não combatida, pode reduzir em até 30% a produtividade; e o Katana, um herbicida moderno, que requer baixas dosagens para combater as plantas daninhas, principalmente gramíneas.

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