O aumento da renda no setor agrícola acelerou o ritmo dos negócios em vários setores. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as vendas de máquinas agrícolas automotrizes (tratores de roda e esteira, colhedoras, cultivadores e retroescavadeira) somaram 18.643 unidades no primeiro semestre. O volume de vendas no mercado interno é 21,2% superior ao registrado em igual período do ano passado. Boa parte dos agricultores brasileiros está conseguindo comprar equipamentos novos graças a linhas de financiamentos como a do Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas, Implementos e Colhedoras (Moderfrota). Desde o início do ano, já foi emprestado R$ 1 bilhão pelo BNDES, que deverá desembolsar outro tanto até dezembro. “A demanda está aquecida e a nova dotação de R$ 1 bilhão deverá ser consumida totalmente até o fim do ano”, diz o superintendente da área de Produtos Automáticos do BNDES, Luiz Antio Dantas.
Na indústria de máquinas e equipamentos, a produção e venda para o setor agrícola estão em alta. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o faturamento nesse segmento cresceu 32,2% nos cinco primeiros meses do ano, bem acima da média geral do setor, que foi de 11% no período. “É um resultado excelente” , diz o presidente da Abimaq, Luiz Carlos Delben Leite. A Rede Dismar, com 43 lojas de varejo de eletroeletrônicos e móveis espalhadas pelo Paraná, já registra aumento de vendas por conta da receita da safra de soja. Nos 17 primeiros dias deste mês, a Dismar faturou 24,3% a mais em relação a igual período do ano passado. O dono da rede, Antonio Donisete Busiquia, informa que as vendas vinham crescendo cerca de 10% desde abril. (O Estado de SP)