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Nemamóvel combate praga da cultura da cana

Não é um simples veículo, não é um laboratório estático. Composto por aparelhos de análises laboratoriais, o nemamóvel, laboratório móvel da Basf, tem o papel de informar a produtores canavieiros e técnicos do setor a maneira prática de eliminar esta praga.

O Nemamóvel faz um levantamento para fornecedores e usinas e determina se a área suspeita está com os vermes danosos ao desenvolvimento da cana, além de divulgar aos técnicos de campo a situação do talhão analisado e qual o verme causador do dano.

O laboratorista do Nemamóvel, Joelmir de Jesus da Silva, engenheiro agrônomo, explica que o importante é que, além de fazer as análises no local, o laboratório móvel mostra ao proprietário da área o nematóide vivo com auxílio de uma câmera digital acoplada ao microscópio que lança a imagem a um monitor de vídeo. “O microscópio é um simples (óptico) com resolução de 100 vezes de aumento do tamanho do nematóide real, suficiente para esclarecer sobre as características de cada verme presente e sobre a sua agressividade à cana”.

O nemamóvel tem capacidade para analisar 12 amostras por dia. O agricultor pode acompanhar a análise até o final e receber um laudo técnico da situação do talhão.

De acordo com Joelmir Silva, o laboratorista deve fazer uma boa retirada de amostra para análise nematológica e focar no tipo de análise, se é de solo ou raiz. “No caso de solo o recomendado é extrair de alguns pontos do talhão um volume de 500 ml e para raízes uma quantidade de 100 gramas. No caso da raiz da cana, após a coleta, o material deve ser colocado dentro de um saco plástico com terra à sua volta para evitar o ressecamento e etiquetar com o nome da fazenda, do proprietário, variedade, idade da cultura, talhão e outras informações”.

Para a análise Joelmir Silva lava, pesa e bate a amostra no liqüidificador; passa-a em peneiras para eliminar o máximo de impurezas possíveis, coloca-a no becker, e leva-a para a centrífuga para separar mais as impurezas. Acrescenta-se componentes, como caulim e sacarose, volta-a para a centrífuga, peneira e finalmente está pronta para análise microscópica.

O especialista explica que este “mostro invisível” pode causar grandes perdas, caso não sejam adotadas medidas adequadas de controle e manejo buscando reduzir o ataque na cultura. “Quando falamos em nematóides nos referimos a vermes invisíveis a olho nu que somente com auxílio de uma lupa ou microscópio óptico podem ser visualizados quanto a sua morfologia externa e interna”, explica.

O tamanho da praga varia de 0,5 mm até o máximo de 4 mm de comprimento e com espessura 4 a 6 vezes menor que um fio de cabelo humano.

Os principais nematóides que atacam a cultura são os causadores de galhas nas raízes dos gêneros Meloidogyne sp e os migradores ou das lesões conhecidos como Pratylenchus sp. Existem outros nematóides que atacam a cultura, mas em

menor grau de importância de perda econômica.

Confira matéria completa na edição deste mês do JornalCana.

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