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Silício confirma ganhos na produtividade

Na Usina Guaíra (Guaíra – SP) a produtividade este ano atingiu 92 toneladas de cana por hectare, considerada excelente em relação às médias nacional (70 toneladas) e paulista (80 toneladas). Grande parte desse resultado é atribuído ao uso do silício como micronutriente, conforme garante o gerente de tratos culturais da usina, Lauro Marcos Aparecido Ivan, que iniciou experimentalmente a aplicação há quatro anos e hoje estende para as áreas de reforma.

Além dos ganhos na produtividade, o silício oferece ainda a vantagem de maior infiltração no solo, por isso trazendo também vantagens econômicas e maior eficiência no fornecimento de micronutrientes ao solo e, conseqüentemente, à cana. “Tudo isso tem que ser feito com agricultura de precisão”, adverte ele.

O professor Gaspar Henrique Korndörfer, do Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Uberlândia (MG), explica que os micronutrientes são absorvidos pela cana em pequenas quantidades, e que no caso do silício, ele é absorvido em quantidades superiores. Segundo ele, os aumentos de produtividade podem chegar a 30% ou 25-30 t/ha de cana se considerarmos o ciclo todo da cultura (5 cortes).

Entre os benefícios apontados pelo professor estão maior resistência da parede celular, maior resistência ao acamamento, folhas mais eretas e com maior taxa fotossintética, maior resistência ao ataque de doenças (fungos principalmente), maior resistência ao ataque de pragas (sugadores e mastigadores, principalmente), redução dos efeitos da geada, evapotranspiração regulada (menor perda de água) e aumento da produtividade”.

Leia reportagem sobre o uso do silício e os benefícios que traz na edição de setembro do JornalCana.

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