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Venezuela importa máquinas agrícolas para atender programa de melhoria agrícola

A New Holland fechará 2002 com a venda de 400 tratores e 50 colheitadeiras para a Venezuela. A exportação é fruto de um acordo comercial realizado entre os governos venezuelano e brasileiro que, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), abriu uma linha de crédito de US$ 80 milhões para financiar a compra de máquinas agrícolas fabricadas no Brasil.

Idealizado pela trading brasileira IAT e dirigido pelo governo venezuelano, o programa tem o objetivo de desenvolver a agricultura nos estados de Guarico e Barinas. Ele permite que os agricultores das duas regiões tenham acesso, em condições favoráveis, a máquinas New Holland de última geração, como os tratores das séries TL e TM, e as colheitadeiras da série TC, para milho, sorgo e arroz.

O programa binacional ganha uma importância ainda maior quando se analisa as condições agrícolas da Venezuela. Há falta de máquinas agrícolas no país e as que são empregadas estão em uso há muitos anos, sem renovação. Isso faz com que a agricultura local tenha um nível de desenvolvimento tecnológico abaixo do possível.

Segundo Sergio Plaut, diretor de Negócios da New Holland para a Região Norte da América Latina, nos dois estados venezuelanos se observa uma tendência de substituição de velhas práticas agrícolas por outras, mais modernas. “Ainda é cedo para que se possa determinar o impacto tecnológico do programa sobre a agricultura dos dois estados, porque as máquinas estão começando o trabalho no campo. Mas imagino que, em pouco tempo, será possível notar diferenças, ao se comparar dados de produção de antes e depois de seu início.”

Para atender com eficiência a essa quantidade de novos clientes, Plaut conta que a New Holland dedicou atenção especial à área de pós-vendas. “Trabalhamos na preparação técnica das equipes, na garantia respaldada pelo concessionário na Venezuela e na visita permanente do pessoal de fábrica.”

O engenheiro Marcos Sánchez, responsável pelo Serviço na região Norte da América Latina, passou a maior parte do ano na Venezuela, treinando mecânicos e organizando a assistência pós-venda, para assegurar um acompanhamento permanente dos clientes. Em 2003, será realizada uma série de cursos destinados aos donos e operadores das colheitadeiras, que abordarão os ajustes necessários antes do início de cada colheita.

O programa binacional foi implantado no início deste ano. De acordo com Plaut, ele poderá servir de modelo para acordos similares em outros países da região.

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