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O chefe caiu, é notícia para futuro próximo

A extinção da figura do subordinado e o aparecimento do líder e do liderado, ambos buscando o melhor para a empresa e para eles próprios em decisões compartilhadas serão realidade em futuro próximo. É o que antevê o consultor de Recursos Humanos e diretor do Gerhai José Darciso Rui, que a partir da próxima edição passa a assinar coluna de Recursos Humanos no JornalCana. Veja a entrevista:

JornalCana – Por que administrar o tempo é tão importante em uma

organização?

José Darciso Rui – Trabalho sem administração e gerenciamento do tempo é praticamente ineficaz. O executivo, de modo geral, vem agregando cada vez mais diversas atividades em razão dos processos de mudanças corporativas que fazem com que ele tenha o bom senso e conhecimento técnico para melhor aproveitar o tempo a sua disposição. Neste contexto, a delegação, o trabalho em equipe e a tomada de decisão é fundamental para o bom desempenho do profissional. E se o profissional não observar estes conceitos certamente irá utilizar seu precioso tempo apagando incêndios e esquecendo-se dos projetos estratégicos de Recursos Humanos. Também é fundamental conhecer os conceitos de administração e gerenciamento do tempo com base no essencial, importante e acidental.

JC – Qual a diferença entre o essencial, importante e acidental?

Rui – Essencial é o que é estratégico.Importante é tudo o que vemos no planotático e acidental é o “apagar incêndio” no dia-a-dia. Este exemplomostra o destaque do essencial no gerenciamento do tempo: Encha um recipiente em sua mesa de trabalho e encha-o de pedras grandes (essencial), a seguir coloque pedras pequenas (importante) e por fim coloque pedriscos (acidental) e veja como tudo se encaixa. Porém, inverta o processo e comece pelo final. As pedras grandes certamente ficarão fora do recipiente. Em nossa vida acontece o mesmo. Ou colocamos as grandes coisas (essencial) em primeiro lugar, ou vamos viver apagando os incêndios.

JC – O senhor dá palestras a adolescentes de 11 a 12 anos e a jovens de 15 e 16 anos de idade. Por quê tão cedo e para quê?

Rui – Para que entendam um pouco o processo de formação de uma empresa, para o que ela serve, como ela desenvolve, o que está ao seu redor, como vende o seu produto, por que é necessário o lucro, o que é custo, etc. Aos jovens o programa é direcionado desde aos filhos de operários (chão de fábrica) até de executivos. O foco está em mostrar para estes adolescentes um pouco mais do mercado consumidor, da documentação para uma empresa, trabalhar com planilhas de custos, analisar os conceitos de lucro e de custo, como ser um bom empreendedor, como encontrar oportunidades de trabalho (e não de emprego!!!), além de conscientizá-los da importância que terão no desenvolvimento futuro da economia globalizada.

JC – Que tipo de virtude um jovem candidato ao sucesso deve ter para conseguir chegar ao topo do sucesso?

Rui – A grande virtude é ser competente no seu campo de atuação e conhecer o negócio como um todo. Virtudes como trabalho em equipe, delegação, tomada de decisão, empregabilidade, visão estratégica e um bom network são fundamentais para o sucesso. Mas, não esqueça da humildade, coleguismo e ética profissional, que completam o perfil de um profissional de sucesso.