O Brasil é um país rico em agricultura e pecuária e um dos maiores produtores de grãos do mundo, todo esse progresso de expansão agrícola colocados á ordem de crescimento de 30% a cada ano, nos levam a acreditar que toda esta produção esteja segura no campo, infelizmente esta afirmação não é verdadeira.
A natureza e seus riscos ainda são fatores preponderantes no desenvolvimento da atividade rural, e está mudando muito e cada vez mais rápido, para piorar a situação agora temos fenômenos antes totalmente desconhecidos de precedentes no Brasil, como é o caso do ciclone extratropical que se formou no mês de abril, devastando lavouras de arroz e pomares de banana no sul do país, aliados a chuvas excessivas no nordeste e estiagem prolongada em alguns estados.
As conseqüências oriundas destes fatores “não controláveis”, são inevitavelmente repassados a toda sociedade, primeiramente ao produtor rural que terá uma quebra de sua safra colhendo nesta situação prejuízos e perda de renda, refluindo diretamente nos demais setores da economia ligados ao campo, sem falar no desespero e pobreza das regiões atingidas.
A atividade rural como um todo não está somente sujeita as variáveis do clima, um bom planejamento (época de plantio, tecnologia empregada e conhecimento de mercado) sem dúvida ajudarão a colher o sucesso esperado, tudo isso porém não é suficiente para proteger todos os investimentos realizados no campo, já está mais que provado que a contratação de uma apólice de seguro agrícola, é o melhor instrumento de proteção que produtor rural pode ter em suas mãos contra os riscos aos quais estão sujeitos.
O seguro agrícola é extremamente fundamental para nossa agricultura atual, com ele o produtor se concentra no que realmente lhe interessa ao seu negócio, evitam-se os prejuízos a perda de renda, proporciona plataforma segura para competir em igualdade com outros paises, garantindo a tranqüilidade e restabelecendo o equilíbrio econômico de quem produz face á adversidade e destempero do clima, esta é função do seguro.
Vejo que no Brasil o seguro agrícola ainda não faz parte da cultura de nossos produtores, ainda existe muita desinformação e resistência ao conceito de proteção versus despesas e custo, o produtor precisa se conscientizar de que o seguro somente trará benefícios se ele se abrir á necessidade de proteger seu principal patrimônio, os governos da esfera estadual e federal já estão disponibilizando a subvenção ao seguro agrícola, que garante o reembolso de 50% do prêmio do seguro incentivando e estimulando desta maneira a contratação do seguro, lembrando que este tipo de seguro é isento de impostos.O mercado segurador tem demonstrado grande capacidade de retenção dos riscos, e oferecendo várias modalidades de seguros, os patrimoniais que protegem as construções, máquinas e equipamentos agrícolas; os agrícolas que garantem o custeio ou a produtividade da lavoura implantada; os pecuários que protegem reprodutores e/ou rebanhos; florestas; fruticultura; café; e a Cédula do Produto Rural que garante a entrega da commodity.
As coberturas oferecidas pelas modalidades de seguro são amplas, indo desde o plantio à colheita, garantindo indenizações contra tromba-d’água, ventos, granizo, chuvas excessivas, seca, geada, incêndio, raio e variação de temperatura. Outra menção importante é ressaltar que não existe distinção entre produtores, sejam eles pequenos, médios ou grandes, todos podem e devem contratar seu seguro agrícola.
Como vemos o Brasil precisa despertar para esta nova realidade e plantar esta idéia, criando uma nova mentalidade e fomentando a cultura de uma agricultura forte, competitiva gerando riquezas e dividendos para o país, de maneira sustentável e principalmente segura.
Márcio P. Ruivo – Gerente Comercial da Scaramel Corretora de Seguros -e-mail: [email protected] – 11 4973-0002