Mercado

Governo da Índia pretende criar uma reserva de açúcar

O governo da Índia pretende criar uma reserva de dois milhões de toneladas de açúcar e oferecer incentivos ao transporte para usinas, a fim de apoiar as exportações diante da expectativa de uma safra abundante, disse uma importante fonte do mercado, segundo as agências internacionais.

Segundo maior produtor mundial, a Índia deve produzir mais de 25 milhões de toneladas de açúcar nesta atual safra, a 2006/07 que termina em setembro, volume 30% acima do obtido no ano.

“O governo tem considerado uma reserva de dois milhões de toneladas por um ano para auxiliar usinas com excedentes a quitar dívidas com os produtores dentro do prazo”, disse uma autoridade do governo da Índia às agências de notícias.

Uma outra autoridade governamental disse que o governo havia aprovado a decisão em princípio, porém uma oficialização ainda não havia sido

publicada, devido às eleições em alguns Estados. Não é permitido ao governo tomar qualquer decisão política do gênero antes das eleições, sem a aprovação da comissão eleitoral. O estado de Uttar Pradesh, um dos principais produtores, vai às urnas em abril.

O governo daquele país também pretende subsidiar o transporte, frete e operações para as exportações de açúcar. O auxílio será de 1.350 rúpias por tonelada para fabricantes de açúcar localizados em Estados litorâneos e 1.450 rúpias para unidades situadas em Estados do norte. Autoridades da indústria disseram que as decisões ajudariam a evitar o aumento de dívidas, estabilizariam os preços do açúcar e liquidariam excedentes.

A Índia, que consome anualmente cerca de 19 milhões de toneladas de açúcar, produziu 19,3 milhões de toneladas no ano passado, devido às enchentes que atingiram algumas regiões produtoras de cana.

A produção maior deste ano pode aumentar a pressão sobre os preços, cuja queda já acumula 500 rúpias nos últimos seis meses, para 1.300 rúpias (29,70 dólares) por 100 quilos, disseram traders.

O recuo na produção de 2006 elevou os preços domésticos em 20%, levando o governo a impor um embargo às exportações em agosto. O veto às vendas externas foi levantando em janeiro deste ano.

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