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Orlando Ometto, inserção no setor confirmada desde a juventude

Aos 20 anos de idade, em 1941, o jovem Orlando Ometto já havia se incorporado aos negócios do pai Pedro Ometto, trabalhando na Usina Iracema para adquirir conhecimento e prática de escritório, de destilaria, do plantio da cana, do transporte e do negócio como um todo. Dois anos mais tarde, o patriarca Pedro se convenceu de que o filho estava pronto para assumir as rédeas de negócio próprio em Barra Bonita (SP), onde foi implantada a Usina da Barra.

O momento na história da família Ometto representou a inserção definitiva de Orlando no setor sucroalcooleiro. O crescimento da Usina da Barra a partir da década de 50 foi considerada extraordinária.Utilizando a possibilidade de fazer álcool como elemento regulador da produção, melhorando as técnicas e desenvolvendo a produção, foi determinante na história do setor no Estado de São Paulo e, em especial, a partir de 1975, quando se transformou num dos signatários do documento “Fotossíntese como Fonte Energética”, que deu subsídios para que o governo federal decidisse pela implantação do Proálcool (Programa Nacional do Álcool).

No grupo de trabalho que integrou, ao lado de nomes como Maurílio Biagi, Lamartine Navarro Jr. e Cícero Junqueira Franco, entre tantos outros, Orlando estava atento à reorganização política mundial, acelerada após o final da Guerra Fria, a crise do petróleo com disparada de preços, e ateve-se ao pressuposto de que o álcool deveria ser uma saída para o Brasil. A usa identificação com o setor acabou levando-o à condição de um dos pais do Proálcool e contundente investidor do setor sucroalcooleiro, mantendo a tradição dos Ometto.