A Organização Mundial do Comércio (OMC) deveria eliminar todas as tarifas alfandegárias que incidem sobre as tecnologias que geram fonte de energia limpa, disse o comissário para o Comércio da União Européia (UE), Peter Mandelson, às agências internacionais.
Como atualmente as mudanças no clima do planeta são “incontestáveis”, atingir as metas de redução para as emissões dos gases geradores do efeito estufa será o maior desafio para os governos mundiais nos próximos 50 anos, disse Mandelson em pronunciamento realizado em Bruxelas, na Bélgica. As políticas adotadas para o setor de comércio mundial podem ajudar a promover a transferência de tecnologias ligadas a energias renováveis, criando “um mercado mundial aberto para as tecnologias ambientais”, disse ele.
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A Comissão Européia, braço executivo da UE, bloco que congrega 25 países europeus, estabeleceu como meta a redução de 20% para o consumo de energia até 2020. O bloco dispõe do maior sistema mundial de comercialização de emissões de gases poluentes, que foi criado para controlar a produção dos gases geradores do efeito estufa, aos quais a maioria dos cientistas atribuem a culpa pelo aquecimento global.
Mandelson disse que a OMC deve tomar uma atitude com relação a isso, pois as economias mundiais de crescimento mais acelerado utilizam tecnologias mais antigas e poluentes para a geração de energia. A China tem construído uma nova usina de geração de energia elétrica movida a carvão por semana, disse ele. Com apenas um oitavo dos recursos utilizados pela China, a UE consegue produzir a mesma quantidade de energia que o país asiático. A China deve ultrapassar os Estados Unidos como maior emissora mundial de dióxido de carbono até 2010.
