Mercado

Cotta Martins deixa de articular a criação de entidade nacional do setor

Luiz Custódio Cotta Martins, presidente do Sindaçúcar e Siamig, participante do Fórum de Presidentes do setor produtivo sucroalcooleiro, acaba de deixar a missão de articulador líder para a criação da Associação Nacional dos Produtores de Açúcar e Álcool. Martins foi também coordenador das reuniões realizadas no Fórum em Brasília (DF). Ele Acredita o novo articulador deva ser um líder de São Paulo.

O presidente do Sindicato, explica que, mesmo sem contar com uma delegação formal, mas sempre estimulado pelo apoio dos companheiros de Fórum e pelas convicções pessoais, “vinhamos nos esforçando, ultimamente, no sentido de viabilizar a criação da Associação Nacional dos Produtores. Apesar de convencidos da necessidade de agilizarmos a criação desta entidade, para que o setor sucroalcooleiro tenha uma voz unificada, força e credibilidade junto às autoridades governamentais, políticas e a sociedade em geral, ultimamente não vislumbramos avanços nesta direção”, diz.

Martins lembra também que o Fórum de Presidentes, abriu espaço para importantes avanços na discussão, encaminhamento e solução de problemas comuns, o que confirma o quanto é importante a convergência de forças e o diálogo para o alcance dos objetivos comuns. “Chegamos a acreditar que Fórum viesse a ser o ëmbrião de uma entidade nacional, embora nos ressentíssemos da falta de continuidade e a consequente pulverização de esforços”.

Nas conversas diz ter encontrado excelente receptividade e perceber que esse não é um anseio apenas de um grupo restrito de lideranças, mas um ideal que tem o respaldo da maioria dos produtores. “Com base nessas sugestões chegamos a elaborar, com assessoria técnica, várias minutas de Estatuto para a constituição da entidade nacional”, enfatiza.

Martins diz que obteve grande receptividade junto às bases do setor e em diversas oportunidades mas especialmente nos últimos meses, constatou que apesar de todo empenho e dos desgastes inevitáveis, o movimento não alcançou os objetivos propostos. “Pelo contrário, constatamos até mesmo um retrocesso, que deu lugar a um sentimento de frustração quanto ao êxito imediato desta luta, o que é lamentável pois considerávamos ser este o momento ideal, face à boa performance setorial, o excelente amadurecimento nas relações com o governo federal, além dos ventos que sopram a favor nos mercados interno e externo”, acredita.

Ele informa que a renovação é salutar e poderá imprimir novo ânimo aos trabalhos. “Permanece aceso o ideal de criarmos a Associação/Federação, a exemplo do que já acontece nos principais segmentos empresariais do País. Mesmo por que um setor estratégico e de tamanha complexidade como o nosso não pode continuar a reboque de interesses regionalistas”.

Martins permanece na presidência dos Sindicatos, e agradece a todos aqueles que apostaram no êxito desta missão e o apoiou. “Confiamos que esta bandeira seja retomada em momento oportuno, para que um dia possamos brindar juntos esta conquista, que terá um único vitorioso: o setor sucroalcooleiro nacional”, finaliza.

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