Mercado

Reciclagem de mão-de-obra cria a multifunção

Nos últimos cinco anos a Usina Pitangueiras, na região de Ribeirão Preto (SP), vem assumindo gradativamente a manutenção de quase todos os equipamentos durante a entressafra. Não apenas ela, como a maioria das usinas, tem investido nesse sentido, reduzindo as despesas com a terceirização. A vantagem, entretanto, não é apenas essa. Os trabalhadores também estão ganhando com a novidade. São os novos tempos para funcionários com multifunção. Trabalham na lavoura e na indústria e, na entressafra, acabam sendo utilizados em diversos serviços, principalmente industriais.

O trabalhador Paulo dos Santos é um bom exemplo da fase da multifunção. Chegou pela primeira vez na Usina Pitangueiras em 1998 como safrista. Durante dois anos fez parte do expressivo contingente de pessoas com emprego garantido somente durante a safra, entre abril e novembro. Hoje, não se preocupa com o fantasma do desemprego. Está contratado. Só que essa trajetória exigiu alfabetização pelo Telecurso e a conclusão do primeiro e segundo graus.

“Treinamento e qualificação tem sido um investimento do setor para melhor aproveitamento dos trabalhadores”, explica Neusa Favaretto, gerente de Recursos Humanos da Usina Pitangueiras. No caso do Paulo dos Santos, ao se beneficiar com a nova postura deixou a condição de “chão-de-fábrica” para ocupar a função de operador de caldeira, acumulando ainda formação como soldador. “Não tenho com o que me preocupar, pois não sou mais um temporário”, comemora Paulo Santos. Esse tipo de investimento traz benefícios também para as usinas, pois “além de se ter certeza sobre a qualidade do trabalhador, combate-se o desemprego, as despesas com acerto de contas e o problema que representa procurar um técnico durante a entressafra, por exemplo”, acrescenta Neusa Favaretto.

Confira matéria completa na edição de Julho do JornalCana.

Banner Evento Mobile