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Fetag alerta para desemprego na cultura da cana-de-açúcar

O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), Antônio Vitorino, informou que, com o início do fim da safra da cana-de-açúcar, centenas de trabalhadores rurais que sobrevivem da cultura voltam a perder seus empregos.

A perspectiva da entidade é que nas próximas semanas a redução dos postos de trabalho, com o fim dos contratos dos “trabalhadores safristas”, chegue até a 50%. O corte da cana possui um contigente estimado de 150 mil trabalhadores.

“A partir de agora começa o desespero de muitos trabalhadores, devido à falta de emprego. Só o permanentes ficam nas usinas. Os trabalhadores com contrato de tempo definido, começam a ser dispensados”, salientou o presidente da Fetag.

Segundo ele, a cada ano a oferta de emprego vem diminuindo, em função da mecanização da monocultura. Antônio Vitorino disse, ainda, que uma máquina chega a tirar o emprego de 80 trabalhadores.

“São necessárias, apenas, cinco pessoas para operar a máquina. Alguns trabalhadores quando perdem seus empregos, acabam deixando o Estado em busca de trabalho”, desabafou ele.

A safra da cana-de-açúcar em Alagoas teve início em setembro de 2003 e deve perdurar, em alguns casos, apesar das chuvas, até o início do próximo mês. O Estado possui 25 indústrias de beneficiamento de cana-de-açúcar, distribuídas entre usinas e destilarias.