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Docas investirá US$ 1,4 bilhão em três anos para revitalizar portos do Rio

Nos próximos três anos, a Companhia Docas do Rio de Janeiro planeja investir US$ 1,425 bilhão na revitalização dos portos do Rio de Janeiro, Niterói, Sepetiba e Angra dos Reis, através do Programa de Parceria Público/Privada (PPP).

Segundo o presidente da empresa, Antonio Carlos Soares, os maiores aportes irão para as unidades de Sepetiba (US$ 625 milhões) e Rio (US$ 582 milhões). Nas unidades de Angra e Niterói, serão investidos US$ 210 milhões e US$ 8 milhões, em 36 meses.

Para este ano, a meta é investir US$ 450 milhões pelo PPP. Soares lembrou, no entanto, que, por força dos prazos legais a serem cumpridos para a realização de estudos de consultoria, audiência pública e licitações, somente em setembro é que os contratos deverão ser celebrados, para dar início aos investimentos.

Os planos de revitalização incluem a ampliação da área ocupada nas unidades portuárias, atualmente com ociosidade de 70% e 75% nos portos de Niterói e Sepetiba, respectivamente, e 30% no Porto do Rio. No Porto de Angra, não há disponibilidade de área, mas a Companhia Docas tem um projeto que inclui a ampliação do berço, visando a incrementar em 30% a área portuária.

No Porto do Rio de Janeiro, já teve início o plano de dragagem, que prevê o alargamento do canal dos atuais 150 metros para 200 metros e a dragagem em vários pontos, variando o calado de 8 a 12 metros. Isso permitirá a atracação de navios de maior porte, como o Queen Mary II, maior transatlântico do mundo, que chegará à cidade para o Carnaval. Os recursos para execução desse plano de dragagem são do Ministério dos Transportes, ao qual a companhia está vinculada, e alcançam R$ 30 milhões em três anos. Para este ano, o investimento previsto é de US$ 5 milhões.

Soares disse que pretende ampliar essa dotação, utilizando créditos de contratos com terceiros, que estão sendo discutidos na Justiça. “A idéia é criar canais de negociação com a iniciativa privada, clientes ou arrendatários do porto, que devem à Companhia Docas, para que essa dívida seja canalizada em investimentos na área portuária”, revelou, acrescentando que há uma sinalização positiva para esse “encontro de contas”.

O projeto de revitalização dos portos fluminenses inclui também a melhoria da infra-estrutura, com recuperação de partes do cais, pavimentação, melhoria do acesso ferroviário (casos do Rio e de Sepetiba), além de infra-estrutura de operação das novas atividades que serão criadas para preencher as áreas ociosas das unidades.

Em Niterói, por exemplo, atualmente com 70% de ociosidade, a meta é transformar o porto, que funciona hoje como terminal de trigo, em um terminal de apoio “offshore” e de reparo naval, onde poderão atracar navios do tipo “supply”, de abastecimento de materiais e mercadorias. (Fonte: Agência Brasil)