Mercado

Usinas diversificam na armazenagem e distribuição

A otimização da logística de armazenamento e distribuição de açúcar e álcool virou assunto de alta prioridade nas agendas de diretores, gerentes e supervisores de usinas e destilarias. A redução de custos, a melhoria da eficiência e da qualidade, nessa área, tornaram-se estratégicos para ampliar os ganhos de competividade. As usinas São Luiz, de Pirassununga (SP), e São João, de São João da Boa Vista (SP) – ambas da Dedini S/A Agro Indústria – são alguns exemplos de unidades do setor que estão se mobilizando para melhorar a infra-estrutura nessa área.

O próprio cenário da São Luiz, que se altera nesse período da safra, revela que algo novo está acontecendo. Dois armazéns infláveis, com capacidade para cinquenta mil sacos de açúcar cada um, mostram a disposição da usina em reduzir a dependência de terceiros. “Esse sistema é uma boa solução para a armazenagem rápida, com duração de dois ou três meses. Para períodos mais prolongados, não é a solução ideal, pois não possui controle interno de temperatura”, avalia Antônio Carlos Zampar, diretor comercial da Dedini Agro.

A construção de dois novos armazéns de alvenaria – com capacidade para 1,5 milhão de sacos de açúcar – na São Luiz e outro, para um milhão, na São João, foi a melhor solução encontrada pela empresa para caminhar para a auto-suficiência. As duas usinas produzem aproximadamente sete milhões de sacos por ano. Para suprir as necessidades, nessa área, são feitas locações de armazéns de empresas particulares nas cidades de Casa Branca e Vargem Grande. “Além do custo de aluguel, existem gastos com o transporte. Queremos eliminar essas despesas”, planeja.

A Dedini está, também, dando um passo gigantesco para conseguir autonomia na distribuição de álcool. Com o objetivo de evitar o “passeio” do produto, até chegar ao consumidor, a empresa está encaminhando um processo para a abertura de uma distribuidora de álcool, que será sediada em São João da Boa Vista. “Estamos há cinco anos tentando obter autorização para o seu funcionamento. Durante um determinado período, a abertura de distribuidoras estava suspensa. Agora, o processo já passou por vários órgãos e depende somente da liberação da Agência Nacional do Petróleo, o que deverá ocorrer nos próximos meses”, acredita.

Essa iniciativa, inédita no Estado de São Paulo, possibilitará maior competitividade de preços. “Faremos a venda diretamente para postos de bandeira branca, evitando intermediários. Com a distribuidora, vamos aumentar a nossa produção de álcool. Estaremos, também, comprando o produto de outras usinas”, afirma. Para melhorar a eficiência na comercialização, grupos de empresarias do Nordeste, já criaram distribuidoras próprias de álcool. Uma delas é o Temape — Terminais Marítimos de Pernambuco S/A, no Porto de Suape, em Ipojuca, e outra fica em Cabedelo (PB).

Confira matéria completa na edição de setembro do JornalCana.

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