O Projeto Afro-Brasileiro, fruto de parceria da Monsanto e Centro de Integração Empresa Escola (CIEE), está beneficiando oito novos estudantes universitários afro-brasileiros. Eles assinaram hoje (17 de agosto), em São Paulo (SP), termo de compromisso para se tornarem beneficiários do projeto, que subsidia a formação universitária de estudantes negros, de baixa renda, para que se tornem competitivos no mercado. Eles fazem parte de um grupo, agora com 31 estudantes do estado de São Paulo, inclusos no projeto, que conta com investimento de US$ 255 mil da Monsanto, no período de 2001 a 2004.
A Monsanto custeia estudos de universitários negros de famílias de baixa renda selecionados pelo Centro de Integração Empresa Escola (CIEE), que realiza os contatos com as faculdades e os estudantes. Além da mensalidade paga, o estudante recebe R$ 500,00 mensais para a compra de material didático, transporte e alimentação.
Segundo Cristina Rappa, representante do Monsanto Fund no Brasil, o fundo da empresa que apóia esse tipo de iniciativa nos países onde a Monsanto atua, a empresa sempre valorizou a diversidade no ambiente de trabalho, mas reconhece que, principalmente por razões históricas no Brasil, os afro-brasileiros têm poucas condições de se prepararem para disputar o mercado de trabalho nas mesmas condições que representantes de outras raças. Por isso, em 2001, procurou o Centro de Integração Empresa Escola (CIEE) para desenvolver o projeto, em razão de sua experiência e seriedade nos trabalhos desenvolvidos junto aos jovens. “Também optamos pelas universidades particulares porque as públicas acabam beneficiando, em sua maioria, estudantes advindos de escolas privadas, que tiveram as melhores condições de ensino fundamental e médio, e conseguem concorrer nos vestibulares altamente concorridos para universidades públicas”, aponta.
A seleção do candidato para o programa é bem criteriosa. Além de ser descendente de negros, ele precisa ser proveniente de família carente, cursar o ensino superior e ter bom desempenho escolar. Segundo Renata Mello, supervisora de Projetos Sociais do CIEE, tudo isso é checado na entrevista com os candidatos e nas instituições de ensino. “Também fazemos o acompanhamento individual dos beneficiários, relacionando os aspectos de aproveitamento escolar aos subsídios financeiros a serem reembolsados mensalmente. Além disso, oferecemos capacitação, através de cursos gratuitos promovidos por nós (oficinas com temas relacionados ao mercado de trabalho, de idiomas, redação e gramática e informática), e os encaminhamos para oportunidades de estágio”, declara.
A Monsanto, atuando na agricultura brasileira há mais de 50 anos, desenvolve e comercializa sementes convencionais e herbicidas, oferecendo ao agricultor produtos da mais alta qualidade e que têm contribuído para o desenvolvimento sustentável do setor agrícola brasileiro. A empresa gera hoje mais de 1,7 mil empregos diretos e 7 mil indiretos, investe mais de US$ 600 mil dólares por ano em ações voltadas para o bem-estar da comunidade e a preservação ambiental e foi considerada pela 4ª vez consecutiva como uma das 100 melhores empresas para se trabalhar no Brasil e, neste ano, uma das 100 Melhores Empresas para se Trabalhar na América Latina. Além disso, investiu, nos últimos anos, cerca de US$ 800 milhões na expansão e modernização de suas unidades industriais em diversos estados brasileiros.