As usinas de açúcar e álcool do país vão continuar seu processo de expansão nos próximos anos, impulsionadas pelos novas oportunidades para o álcool no mercado internacional e também pela expectativa de redução dos subsídios ao açúcar.
Josias Messias, presidente do Procana Informações e Eventos, disse ontem durante a 5ª edição do Workshop Procana – Marketing Sucroalcooleiro, que o setor deverá registrar investimentos anuais médios de R$ 2,5 bilhões nos próximos cinco anos.
Segundo Messias, 52% desses investimentos, ou R$ 1,3 bilhão, serão destinados à construção de novas unidades. As usinas devem aplicar outros R4 900 milhões, ou 36% do total, em expansão ou reformas das usinas já existentes. Outros R$ 300 milhões, ou 12%, serão aplicados em infra-estrutura.
Em andamento no Centro-Sul do Brasil há 39 projetos de construção de usinas. Contrariando as expectativas do mercado, que apontam uma limitação para a expansão da cana no Estado de São Pualo, 25 desses projetos de novas usinas serão instaladas no Estado. Deste total, 22 unidades são para as regiões do oeste e noroeste do Estado. Outras 7 unidades são em Minas Gerais, 4 em Goiás.
Os investimentos em novas unidades estão focados em plantas de alta
tecnologia. As usinas também estão priorizando as parcerias com fornecedores
e arrendamentos. As novas unidades serão construídas para moer entre 700 mil toneladas e 1,5 milhão de toneladas, bem acima da média das usinas de médio porte já instaladas no país.
Boa parte desses projetos de expansão ocorre em grupos que já possuem uma usina. Com esse perfil, 16 novos projetos dos 39 são tocados por usinas que já possuem uma unidade. São 8 os projetos tocados por grupos que não têm experiência em cana. Os grupos com duas unidades têm 6 projetos. Usinas com 3 ou mais unidades estão levando adiante outros 9 projetos.
Messias citou também 12 projetos que estão no papel em Goiás, por usinas que devem se beneficiar dos incentivos fiscais. Esses projetos, contudo, ainda não saíram do papel, e não estão incluídos nos 39 em andamento e que devem entrar em operação nos próximos cinco anos.