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Mercado interno remunera mais que exportação

As vendas de açúcar realizadas no mercado interno estão mais remuneradoras que as exportações nesse momento, de acordo com o levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Mesmo com o avanço da colheita de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil e a recente desvalorização do real em relação ao dólar, as usinas estão recebendo mais pelos negócios fechados no País.

A paridade de preços entre 9 e 15 de maio com a negociação do produto no mercado interno foi 12% superior à exportação do produto, de acordo com o Cepea. A entidade leva em conta o indicador Esalq/BM&F para o açúcar cristal a R$ 20,91 a saca de 50 quilos, com vencimento de agosto de 2002 na bolsa de Londres e fob de US$ 29 a tonelada, com desconto de US$ 26 a tonelada. Muitas usinas do Centro-Sul fecharam contrato de exportação no final do ano passado para entrega a partir de maio deste ano. As companhias também estão repondo os estoques de passagem de álcool.

De acordo com dados do Cepea, a negociação no mercado interno sobre o externo seria indiferente se os preços do açúcar em Londres tivessem cotados a US$ 215,71 a tonelada. A média atual está em US$ 199,64 a tonelada, o que confere vantagem às negociações realizadas no mercado interno.

Entre os dias 6 e 10 de maio, a vantagem de remuneração do açúcar foi de 15% sobre o hidratado e 2% em relação ao anidro. Comparando os dois tipos de álcool, verifica-se que o anidro remunerou 6% a mais que o hidratado.

No início deste ano, entre os dias 7 e 11 de janeiro, o mercado interno também estava mais remunerador que os negócios fechados no exterior. A comercialização do açúcar no mercado interno era 4% mais remuneradora que as vendas externas. À época, o açúcar pagou 27% a mais que o álcool anidro e 43% a mais que o hidratado. Entre os dois tipos de álcool, o anidro remunerou no período 7% a mais que o hidratado no mesmo período.