A exportação de açúcar brasileiro para os Estados Unidos, realizada por Estados nordestinos, é liderada por Alagoas que detém 52% da chamada cota americana. O rateio é feito pelo Ministério da Agricultura, que leva em consideração a percentagem da produção por unidade produtora. Pernambuco, que detém 42% da cota, discorda da divisão, alegando que o Estado deveria participar com 55% da cota. Apesar de ter uma produção menor de açúcar do que os alagoanos, os produtores pernambucanos justificam o aumento da participação por questões sociais, utilizando como argumento o número de empregos gerados no setor.
A disputa já foi parar até na Justiça. O Tribunal Federal da 5ª Região, com sede em Recife, negou esta semana recurso dos produtores de Pernambuco que pleiteavam um aumento de participação na cota americana. O Sindicato dos Produtores de Açúcar e Álcool do Estado de Alagoas (Sindaçúcar-AL) quer que o Ministério da Agricultura publique uma portaria com o detalhamento dos critérios da divisão. Para os alagoanos, o índice de 42% já é uma concessão para Pernambuco. De acordo com o Sindicato, os pernambucanos – conforme os critérios estabelecidos na partilha – deveriam ter 32% da cota.