As exportações de açúcar e álcool, de janeiro a outubro de 2005, somaram US$ 4 bilhões, 51,3% a mais que os 2,7 bilhões dos primeiros dez meses do ano passado. O complexo carnes teve um crescimento de 33,8%, registrando um faturamento de US$ 6,7 bilhões entre janeiro e outubro, enquanto as vendas de carnes para o exterior, no mesmo período do ano passado, ficaram em US$ 5 bilhões. As receitas com exportações de café apresentaram, também, resultado positivo: aumento de 49,5%.
O desempenho do complexo soja (grão, farelo e óleo), no entanto, não foi tão satisfatório. Apesar das vendas de 34,3 milhões de toneladas, de janeiro a outubro, representarem 3,9% a mais que as 33 milhões de toneladas exportadas nos dez primeiros meses do ano passado, o faturamento teve uma queda de aproximadamente US$ 1 bilhão. O complexo soja obteve US$ 8,2 bilhões em receitas de exportação, 12% menos que os US$ 9,3 bilhões em igual período do ano passado. Isto ocorreu devido à queda dos preços de exportação que foram de US$ 238,2 por tonelada, valor 15,3% inferior aos US$ 281,1 por tonelada, conforme média dos dez primeiros meses do ano passado.
A performance do complexo soja contribuiu para a perda de fôlego no crescimento das exportações do agronegócio brasileiro. Segundo avaliação do chefe do Departamento de Assuntos Internacionais e de Comércio Exterior (Decex) da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antonio Donizeti Beraldo, o aumento das vendas para o exterior em 2005 não teve o vigor registrado em anos anteriores, mesmo com o novo recorde obtido pelas exportações do agronegócio. As vendas de US$ 36,2 bilhões entre janeiro e outubro deste ano foram 9,6% superior aos US$ 33 bilhões de igual período do ano passado. Em 2004, o crescimento alcançou 29,5% em relação ao resultado de janeiro a outubro de 2003, quando houve um faturamento de US$ 25,5 bilhões.