Mercado

Alta no diesel encarece produtos em Ribeirão Preto

A alta no preço do óleo diesel pressiona também os preços dos produtos transportados por caminhões. O reajuste médio de 20% aplicado nos últimos dias no derivado do petróleo já está sendo repassado a mercadorias distribuídas no comércio de Ribeirão Preto. No armazém local da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo – Ceagesp, na Rodovia Anhanguera, quem compra e vende hortifrutigranjeiros já convive com os novos preços.

Entre segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira, quando o armazém funciona, circulam pelo local perto de 300 veículos, dirigidos por entre vendedores e compradores. A maioria é formada por caminhões “baús” – pequenos – ou carretas, mas todos são movidos a óleo diesel. Há casos de caminhões que saem carregados em direção a Uberaba – MG, distante mais de 200 quilômetros de Ribeirão Preto. “Impossível o custo do combustível não ser incluído nos alimentos”, diz o motorista Gerson Monteiro.

“Vamos tentar segurar até onde der, mas será muito improvável evitar o repasse”, diz o produtor rural Manoel Andrade, que há 21 anos comercializa hortifrutigranjeiros no armazém da Ceagesp. Em seu caso a proeza de manter preços antigos é possível porque o cultivo de frutas e hortaliças é feito em sítio próprio do distrito de Bonfim Paulista, distante 20 quilômetros do entreposto da Anhanguera, e o transporte é executado por meio de um só veículo.

“Ainda assim, por mais que eu segure o aumento do diesel, existem os reajustes sobre o adubo e agrotóxicos, que são regidos pelo dólar, e esses têm de ser aplicados”, explica Andrade.

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