Surpresas climáticas determinam uma safra melhor

A Safra 2003/04 no Nordeste vem se caracterizando pelas surpresas. No ano de 2003, por exemplo, até o mês de setembro havia chovido 500 mm a menos, comparado com a média histórica de 20 anos, mas depois deste período ocorreram precipitações pluviométricas satisfatórias em praticamente todo Estado de Alagoas, principal produtor nordestino de açúcar e álcool. Este fato contribuiu, de forma acentuada, nos ganhos de produtividade, com perspectivas para esta safra de uma moagem em torno de 25 milhões de toneladas, ou seja, 8% acima da safra anterior.

A avaliação é de Cândido Mota, diretor da Stab Leste. Para ele, “as chuvas têm ajudado, de maneira geral, tanto os plantios quanto as socarias, beneficiando as áreas que foram cortadas e também as que estão para ser cortadas, dando garantias de que, no próximo ano, os canaviais estarão mais vigorosos e bem formados”. Este favorecimento abrange até mesmo a fase industrial, pois além do incremento nos níveis de ATR, tem ajudado na manutenção da umidade da cana, fator fundamental no processo de extração.

O diretor da Stab Leste avalia que “fato positivo ocorreu com a distribuição das chuvas durante os oito primeiros meses do ano passado”. As precipitações pluviométricas, apesar de estarem abaixo da média, apresentaram maior número de dias com chuvas, quando comparado com outros períodos. Este fato contribuiu para que não houvesse stresse na cana, favorecendo a qualidade da matéria prima a ser processada.