Bloomberg
A demanda por açúcar está “notavelmente saudável”, sustentada pela crescente indústria produtora de etanol do Brasil e pelo aumento do consumo mundial
da commodity, segundo Jonathan Drake, presidente da divisão de açúcar da Cargill Inc., a maior empresa agrícola dos Estados Unidos.
O Brasil, maior produtor mundial de açúcar, utiliza cerca de metade de sua cana-de-açúcar na fabricação de etanol. Essa fatia deve subir para 60% durante os próximos cinco anos, impulsionada pelo maior potencial de lucros gerados pelo combustível e pelo aumento das vendas de carros flex, que funcionam com álcool ou gasolina, disse Drake.
“O setor açucareiro está certo em ficar preocupado com a oferta durante os próximos três anos”, disse ontem Drake, em apresentação realizada durante a conferência sobre o comércio de açúcar realizada em Dubai. “Mas a demanda continuará saudável.”
A produção de açúcar deve superar a demanda em 5,1 milhões de toneladas no ano que se encerrará em setembro próximo, à medida que os preços altos levam os produtores de cana a aumentar suas áreas plantadas, segundo a C. Czarnikow Sugar Ltd.
O crescimento do consumo de açúcar na Ásia e no Oriente Médio contribuirá para elevar a demanda mundial, disse Drake. A Cargill está co-financiando uma refinaria que está sendo construída na Síria e deverá produzir 1 milhão de toneladas de açúcar refinado por ano até o final de 2007.
O consumo de açúcar está crescendo 2% ao ano na Síria, no Líbano, na Jordânia e no Iraque, disse Drake. “A tendência geral é a criação de mercados locais em torno de refinarias que estão sendo construídas”, acrescentou o diretor da Cargill.
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