Mercado

Brasil, modelo energético

O modelo brasileiro de alternativas energéticas de larga escala de consumo consolida-se como referência no exterior . Sob o título “O Estado da Energia” o jornal The New York Times, na sua edição do dia 1º de fevereiro último destaca, em editorial, o programa de combustíveis alternativos brasileiros como exemplo a ser seguido pelo governo dos Estados Unidos na solução de seus problemas energéticos. Pelo editorial, o Brasil estaria à frente de um processo de auto-suficiência energética, fazendo com que os cidadãos brasileiros utilizem menos gasolina e mais combustíveis alternativos para circular com seus veículos. Ainda no mesmo jornal norte-americano, num outro artigo, intitulado “Muitas conversas sobre independência energética”, o sucesso do etanol brasileiro é enaltecido como uma grande força no mercado mundial. E, de acordo com o artigo, existe uma incoerência na cobrança de impostos sobre os combustíveis alternativos. “É impressionante como não estamos cobrando taxas sobre o combustível da Arábia Saudita enquanto cobramos do Brasil”, disse Gal Luft, co-diretor do Instituto para Análises de Segurança Global, entidade especializada em questões energéticas.

Também na revista Newsweek, da mesma semana, há destaque para o economista Jim O’Neill, do Banco de Investimentos Goldman Sachs, que afirmou, durante o Fórum Econômico de Davos, que o Brasil é um modelo em produção de etanol. A matéria, intitulada “Preocupações com combustíveis fósseis”, foi escrita exclusivamente para a Internet.

Ainda internamente, o governo tenta compensar o desequilíbrio no acesso à energia entre pobres e ricos no Brasil com o programa Luz para Todos, que já atendeu a 2,3 milhões de pessoas residentes no meio rural do País. As famílias atendidas têm a instalação elétrica gratuita, recebem um kit com três pontos de luz e duas tomadas e ensino sobre o uso racional de eletricidade.