O preço dos combustíveis terá novo aumento antes do fim do ano. O valor do litro da gasolina, que varia de R$ 2,47 a R$ 2,55, deverá ter um acréscimo de R$ 0,04 a R$ 0,05. O álcool, entre R$ 1,65 e R$ 1,73, terá um aumento de R$ 0,10 ou R$ 0,12 no litro.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal (Sinpetro), José Carlos Ulhôa Fonseca, atribui o novo reajuste ao aumento concedido às distribuidoras, que elevou a gasolina, na média, em 2,07% e o álcool em 3,16%.
O combustível já está chegando no Distrito Federal com os novos preços para os postos, embora ainda não tenha sido repassado aos consumidores. Segundo o Sinpetro apurou com a distribuidoras, o aumento do álcool pelas usinas foi devido à queda na produção de cana-de-açúcar e também à revisão da pauta que serve de base para o cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Para José Carlos Ulhôa, não é possível continuar responsabilizando os postos pelo reajuste do combustível no DF. O que está ocorrendo na capital se repete em todo o País.
O presidente do Sinpetro reconhece que o consumidor não suporta tantos aumentos, em intervalos tão curtos de tempo. Apesar de não culpar a Secretaria de Fazenda do DF, José Carlos Ulhôa, afirmou que é preciso admitir que sobre o setor recai uma excessiva carga tributária, que não tem como ser absorvida pelos empresários. A cada 15 dias, a Secretaria de Fazenda faz uma pesquisa de preços, estabelece um valor médio (preço de pauta) sobre o qual incide o imposto.
– Somos vítima de um verdadeiro estelionato tributário. E é por isso que não aceito, como querem alguns, que se responsabilize os postos pelo elevado preço dos combustíveis – afirmou José Carlos Ulhôa.
De acordo com ele, além dos tributos locais, há também os impostos federais. José Carlos defende uma revisão completa da carga tributária incidente sobre os combustíveis, principalmente sobre o álcool, produzido no País.
Para o presidente do Sinpetro, está na hora de empresários e governo sentarem à mesa para uma discussão séria sobre o que vem ocorrendo com os preços do álcool e da gasolina.