A internacionalização das companhias americanas de alimentos, somada à alta nos preços dos alimentos, está por trás dos bons resultados que elas têm apresentado em seus balanços, apesar da crise que paralisa a economia dos Estados Unidos.
A General Mills opera em 65 países. A Cargill deve seu crescimento às economias emergentes e já tem mais da metade de seus 130 mil funcionários em países em desenvolvimento. A diversificação permitiu à companhia elevar em 26% o seu lucro no ano fiscal encerrado em maio, alcançando US$ 2,7 bilhões.
No Brasil, a Cargill é a maior processadora e exportadora de soja e atua também na produção de algodão, cacau, açúcar e etanol. Além das commodities e ingredientes, a empresa quer expandir os seus ganhos no mercado interno levando mais produtos diretamente à mesa do brasileiro, como já faz com itens como o óleo de soja Liza.
“Foi com esse objetivo que compramos recentemente uma unidade de processamento de tomates da Unilever no Brasil, que está indo muito bem”, diz Pat Bowe. Segundo ele, a empresa também está empolgada com a competitividade das usinas de açúcar e etanol desde que firmou uma joint venture com o grupo brasileiro USJ para operar usinas em Goiás. “Com certeza buscamos outras oportunidades nesse setor.” / A.R.