O investimento da CPFL Renováveis em termoelétricas a biomassa deve chegar a R$ 1 bilhão até outubro, mês em que a empresa deverá colocar em operação as usinas Bio Ipê, localizada em Nova Independência e a Buritis, em Buritizal, (ambas no Estado de São Paulo). Na semana passada, mais um passo foi dado nesse segmento com o início da operação comercial da UTE Bio Formosa, em Baía Formosa (RN), onde o investimento foi de R$ 130 milhões. Com isso, a companhia deverá alcançar potência instalada de 245 MW somente nessa fonte de geração e 648 MW se considerar os parques eólicos resultante das aquisições da Siff Energies e da Ersa – Energias Renováveis.
Além disso, a empresa possui outros 1,23 mil MW de projetos em preparação e desenvolvimento em fases distintas de execução. De acordo com o diretor de engenharia e obra da companhia, os projetos viáveis de execução devem estar prontos até 2020, porém, por se tratar de informação estratégica para a companhia, ele não revela quanto a CPFL deverá agregar ao seu portfólio de geração, cuja previsão é de fechar 2011 com 2,640 mil MW de capacidade instalada, mesmo tamanho da AES Tietê, que possui 10 usinas hidroelétricas em São Paulo.
Entre os mercados que a empresa deverá entrar com esses projetos está o regulado por meio do leilão de energia que acontece em 20 de dezembro. Essa disputa é para projetos que deverão iniciar a operação em 2016, por isso o nome A-5 (lê-se A menos 5) e envolverá, pela primeira vez a eólica com todas as demais fontes de geração.
Matin não abre o jogo e diz que a companhia paulista ainda está em fase de análise de projetos para ver qual poderá ser habilitado para entrar na disputa. “Temos até 20 de setembro para cadastramos os projetos que são mais interessantes”, resumiu ele. “Estudamos oportunidades de mercado e nesse sentido há também o mercado livre de energia. Precisamos ver a maturidade dos projetos para então colocarmos na pauta do leilão”, acrescentou o executivo. Para ele, há espaço para todas as fontes de geração de energia e que o leilão será bem-sucedido se contemplar todas as fontes.
Itaipu
Uma nova falha na parte brasileira da hidroelétrica binacional Itaipu provocou um apagão em quatro regiões do Brasil na sexta-feira à tarde. O problema ocorreu justamente no sistema de transmissão da usina o que de acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) levou a uma perda de carga de cerca de 5,7 mil MW. Com a ocorrência, o ONS recorreu ao acionamento de um esquema que consiste na entrada de outras geradoras integradas ao sistema elétrico. Os apagões foram registrados nas Regiões Norte, Sul, Sudeste e Centro-Oeste.