Mercado

Usinas programam importação recorde de etanol

O Brasil deve atingir neste ano um volume recorde de importação de etanol, chegando a 1,5 bilhão de litros.

Segundo o presidente da Pbio (Petrobras Biocombustíveis), Miguel Rossetto, o país já importou 400 milhões de litros e deverá continuar comprando lá fora, em pleno auge de colheita e moagem.

A maior parte da importação virá dos Estados Unidos -justamente o mercado que o Brasil, atual maior produtor de álcool do mundo, pretende conquistar.

A última vez que o país importou volume semelhante foi em 1995, quando 1,4 bilhão de litros foi adquirido no exterior.

De acordo com Rossetto, as usinas -inclusive a Petrobras- são responsáveis pela importação. O motivo das aquisições recordes é a quebra da safra.

Ele diz que o Brasil continua exportando parte do álcool que produz, apesar da falta de oferta no mercado interno, porque precisa cumprir contratos já fechados.

A tendência para o ano que vem, no entanto, é de uma importação menor de etanol.

A expectativa é que os preços do açúcar fiquem menos atrativos do que os do álcool, estimulando as usinas a produzir mais etanol.

Para assegurar maior oferta de etanol nos próximos anos, a Petrobras irá investir US$ 1,9 bilhão até 2015 no setor, sendo 70% desse valor em novos canaviais, e os 30% restantes, em aquisições de usinas.