Mercado

Impasse ameaça o fim da tarifa do etanol

O impasse na negociação sobre o teto da dívida americana deixou mais uma “vítima” –o fim antecipado da tarifa sobre o etanol importado nos EUA, que beneficiaria exportadores brasileiros.

Havia grande expectativa de que o fim dos subsídios ao etanol de milho e a tarifa sobre o álcool importado seriam incluídos na legislação de redução do deficit do Orçamento, que deve ser parte do acordo entre republicanos e democratas para elevar o teto do endividamento até o dia 2.

Mas a medida não foi incluída em nenhuma das propostas em discussão –não está na dos republicanos, liderados pelo presidente da Câmara, John Boehner, nem na dos democratas, do líder do Senado, Harry Reid, e tampouco no plano bipartidário.

A tarifa e o subsídios expiram no dia 31 de dezembro. Há pouca expectativa de que a medida que acaba com o incentivo de US$ 0,45 por galão para o álcool misturado à gasolina e com a tarifa de US$ 0,54 para o galão do produto importado, proposta pela senadora democrata Diane Feinstein há três semanas, entre em alguma legislação.

Segundo Letícia Phillips, representante da Unica na América do Norte, é “difícil” haver mudança agora.

A esperança brasileira é que não haverá apoio do Congresso para renovar a tarifa –em vigor há 31 anos– depois que ela expirar.

Mas, com a necessidade de cortar gastos, o apoio ao subsídio de US$ 6 bilhões ao ano ao agricultor caiu muito. Em junho, o Senado dos EUA aprovou emenda para eliminar subsídios e a tarifa sobre o etanol importado. A emenda não passou na Câmara –mas, no Senado, recebeu 73 votos a favor e 27 contra.