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Clinton defende etanol brasileiro durante fórum de sustentabilidade em Manaus

O ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton defendeu a entrada do etanol brasileiro no mercado americano. Segundo ele, o governo do presidente Barack Obana deveria ainda rever a política de subsídios ao etanol fabricado naquele país para tornar a competitividade mais igual com importantes países produtores, não só o Brasil, mas a República Dominicana, que também usa a cana-de-açúcar como principal fonte de biocombustível.

Durante palestra no Fórum Social de Sustentabilidade, que terminou neste sábado em Manaus, Clinton elogiou o etanol brasileiro, considerado por ele como de melhor qualidade que o produto fabricado nos Estados Unidos, feito à base de milho. Ao lembrar recente visita de Obama ao Brasil, quando encontrou-se com a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente destacou que o encontro poderia ter sido uma grande oportunidade para os dois países fechar um acordo para a entrada do etanol em território americano.

– O presidente Obama esteve no Brasil e será importante um acordo no sentido de o etanol brasileiro entrar nos Estados Unidos. Vocês produzem etanol de forma mais inteligente que a gente – disse ele, pregando a erdução dos impostos para o produto entrar no mercado americano.

Depois de ter participado um dia antes de um seminário na Nigéria, Clinton aproveitou o evento em Manaus para dizer que o Brasil terá, com a exploração de petróleo, uma fonte inesgotável para o desenvolvimento do país.

– O nível de segurança nacional, de independência e de liberdade para explorar o petróleo que vem no futuro será muito importante para o Brasil – disse ele.

No discurso voltado à questão ambiental, ele pregou o fim dos aterros sanitários:

– Se eu pudesse, fecharia todos os aterros na face da terra. Colocaria as pessoas que não têm empregos para ir aos aterro s para tirar materiais recicláveis e pegava o lixo para gerar energia – disse Clinton, aplaudido pelo público.

O ex-presidente americano adotou um tom diplomático em relação à construção da usina de Belo Monte, no Pará. Disse que o Brasil deve refletir sobre as consequências da construção de usinas e argumentou que um dos problemas nesse debate é que há muita discussão e poucas alternativas apresentadas.

– Não tenho paciência para pessoas que criticam e não dão alternativa – afirmou.

Clinton chegou a Manaus na manhã deste ano. Antes de palestra, teve um encontro com o diretor James Cameron, um dos críticos da construção da usina de Belo Monte.