Mercado

Proposta da Alca gera reação no mercado

A criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) e uma possível integração do setor sucroalcooleiro neste mercado provocou boatos esta semana de que o Brasil poderia não honrar com seus compromissos exportadores.

Segundo o diretor do Departamento de Açúcar e Álcool do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento, Ângelo Bressan, o mercado trabalhava com a hipótese de que, para abastecer a Alca o Brasil não teria volume suficiente de álcool. Ele, no entanto, desmentiu o boato, afirmando que o que o País vai produzir este ano será suficiente tanto para o mercado interno quanto para o externo e que, para novos mercados, precisa-se apenas gerar excedentes, o que não é difícil já que existem muitas áreas cultiváveis.

“O Brasil pode suprir todos os mercados com crescimento da produção”, disse. Para a safra 2003/04, o ministério estima uma produção de 14 bilhões de litros de álcool. Bressan afirmou ainda que o governo pretende usar o trigo como produto de barganha para a abertura do mercado de álcool e açúcar na Alca.

Até 15 de junho, o governo apresenta proposta para que os Estados Unidos incluam o Brasil na primeira fase de desgravação de tarifas para importação de açúcar e de álcool, em contrapartida ofereceria o mesmo para o trigo. Hoje, a proposta americana é de que a tarifa para importação de açúcar e álcool só estará zerada para o Brasil a partir de 2016, ou seja, a última fase da desgravação.

Banner Evento Mobile