Os preços do açúcar tiveram queda ontem na Bolsa de Nova York, por causa de realização de lucros. O mercado devolveu os ganhos do dia anterior, quando foi sustentado por dados que mostravam redução no volume de cana processado no Brasil. O contrato março recuou 2,82%, para 27,55 centavos de dólar por libra-peso. As perspectivas para o mercado, contudo, continuam positivas, a julgar pelo sentimento dos participantes de uma conferência sobre o setor que está sendo realizada em Londres nesta semana.Durante os painéis de discussões, produtores de açúcar da União Europeia disseram que o bloco não deve elevar as exportações do produto a fim de garantir a oferta interna. No lado brasileiro, o executivo-chefe da Cosan, Marcos Lutz, afirmou, segundo a agência Dow Jones, que a elevação dos preços no Brasil, maior produtor mundial, deve tornar a produção da commodity mais vantajosa que a de etanol nos próximos dois anos. Já a Queensland Sugar, que monopoliza as exportações da Austrália, disse que o país deverá vender apenas 2,4 milhões de toneladas ao exterior nesta temporada, após fortes chuvas que reduziram as expectativas de produção.
As cotações das commodities agrícolas também foram pressionadas pela alta do dólar ante outras moedas ontem. Foi o caso do milho negociado na Bolsa de Chicago. O contrato março cedeu 1,67%, para US$ 5,44 por bushel.