
Preços em alta marcam o desempenho do etanol na safra 2025/26, que entra na reta final nas usinas da região Centro-Sul?
JornalCana apresenta destaques da Visão Agro, produzida pelo Itaú BBA (acesse aqui a íntegra):
- Consumo: com o aumento da mistura de etanol anidro na gasolina, de 27% para 30%, a partir de 1º de agosto, o consumo de etanol acelera ainda mais, sendo que já vinha apresentando forte demanda nos últimos meses.
- Transferências: essa mudança impulsiona o consumo de etanol em áreas nas quais a gasolina é mais competitiva do que o biocombustível, aumentando as transferências entre estados produtores e não produtores.

- Elevação: a demanda aquecida, em um ano no qual a oferta de etanol à base de cana está mais restrita, deve levar os preços do etanol para cima, especialmente durante o período de entressafra, entre o final de 2025 e o primeiro trimestre de 2026.
- Em 2026: no Centro-Sul, as usinas de cana que priorizaram a produção de açúcar na safra 2025/26, reduzindo a produção de etanol, devem mudar de estratégia na próxima safra. Em 2026/27, espera-se uma maior disponibilidade de cana e um mix mais voltado para a produção de etanol, o que deve gerar um incremento substancial na produção de etanol à base de cana.
- Milho: as usinas de etanol à base de milho, que apresentam forte crescimento na safra 2025/26, devem continuar esse movimento em 2026/27. O preço elevado do etanol, aliado aos preços baixos do milho, melhora significativamente as margens do setor, renovando o ímpeto para novos projetos.

- Projeção: “Estimamos que a produção de etanol de milho chegue a 10,1 bilhões de litros na safra 2025/26 e a 12,2 bilhões de litros na safra 2026/27. Dessa forma, a oferta somada de etanol a base de milho e cana deverá crescer bastante na safra 2026/27, o que pode pressionar os preços para baixo. Acreditamos que no próximo ano, o cenário será diferente do observado na safra atual.”