Presidente da  Asplan, José Inácio pleiteia audiência com o governador João Azevêdo para debater crise no setor (Imagem: Divulgação)
Presidente da Asplan, José Inácio pleiteia audiência com o governador João Azevêdo para debater crise no setor (Imagem: Divulgação)

Com perdas superiores a 33% no preço da matéria-prima no acumulado e de 7,30% em relação ao mês anterior, o setor canavieiro do Nordeste, incluindo a Paraíba que é o terceiro maior produtor de cana-de-açúcar da região, passa por uma das maiores crises das últimas duas décadas.

E essa situação tem reflexos diretos na maior parte dos produtores de cana da Paraíba, que em sua imensa maioria são pequenos e micros produtores.

Diante deste cenário desolador, a Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) já solicitou uma audiência com o governador João Azevêdo para expor a triste realidade dos produtores da maior e mais importante cultura do estado e tentar buscar soluções conjuntas para enfrentar o problema.

O presidente da Asplan, José Inácio de Morais, explica que os baixos preços pagos pela matéria-prima é um reflexo direto da desvalorização internacional do açúcar e do tarifaço dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. “O presidente dos EUA anunciou recuo na taxação, mas esse recuo não atingiu o açúcar e diante deste cenário, vamos apelar ao governador para que o estado nos socorra neste momento de grande crise”, disse o dirigente canavieiro que aguarda agendamento da audiência.

Segundo José Inácio, há várias formas do governo ajudar o setor neste momento. “Há caminhos que podem ser trabalhados para salvaguardar uma cultura importantíssima para a Paraíba, manter os empregos no campo e tirar do sufoco os pequenos e micros produtores que representam mais de 80% de nossa categoria, mas precisamos da ajuda do governo para enfrentarmos esse momento, por isso solicitamos essa audiência com João Azevêdo”, destaca José Inácio.

Em Pernambuco, segundo maior produtor de cana-de-açúcar do Nordeste, já há uma audiência pública marcada na Assembleia Legislativa para debater a crise, no próximo dia 1º.