Usina tradicional de cana também produzirá etanol de milho

A Pagrisa, usina localizada em Ulianópolis (PA), acaba de conquistar um marco histórico para a bioenergia na Amazônia.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicou a autorização no Diário Oficial da União, em 13 de novembro, habilitando a empresa a operar sua nova planta produtora de etanol.

Agora, a Pagrisa se torna a única usina flex do Norte do Brasil capaz de produzir biocombustível a partir de cana-de-açúcar, milho e sorgo.

A Pagrisa está habilitada a operar com capacidade de 400.000 litros por dia de etanol hidratado (usado diretamente como combustível em veículos flex) e 300.000 litros por dia de etanol anidro (misturado à gasolina), respeitando as exigências ambientais e de segurança vigentes. A produção do etanol de milho já deve iniciar em dezembro.

Localizada na Amazônia, a Pagrisa consolida-se como um hub de bioenergia capaz de integrar culturas tradicionais, como a cana, com grãos como milho e sorgo, ampliando competitividade, diversificação e segurança energética para o Norte do país.

Marco para a transição energética na Amazônia

O etanol é considerado uma das principais contribuições brasileiras para a agenda global de descarbonização. Produzido a partir de fontes renováveis e com balanço energético altamente favorável, o biocombustível reduz de forma significativa as emissões de gases de efeito estufa quando comparado aos combustíveis fósseis.

“A ampliação de plantas como a da Pagrisa reforça o papel estratégico de descarbonização e projeta o país como referência mundial em soluções limpas e escaláveis para a mobilidade do futuro”, destaca, em nota, a Companhia.

“A operação flex garante maior estabilidade de produção ao longo do ano, reduz vulnerabilidades climáticas e amplia a oferta regional de biocombustível com menor pegada de carbono.”

Inovação e sustentabilidade

“Este marco consolida a nossa estratégia de inovação e sustentabilidade, alinhada às demandas do setor e ao potencial agroindustrial do Pará. É o resultado de um projeto sólido construído com a dedicação de muitas pessoas e que nos coloca em direção a um futuro promissor”, afirma o vice-presidente da Pagrisa, Fernão Zancaner.

A nova autorização fortalece o setor produtivo local, movimenta cadeias agrícolas adjacentes e posiciona o Pará como protagonista no avanço dos biocombustíveis no país. Além disso, abre caminho para novos investimentos em tecnologia, mercado e eficiência industrial.