Falando de fabricação

Pureza do mel final

A principal perda de açúcar na fabricação é aquela que é retida no mel final. Não se trata de uma perda, mas sim uma falta de esgotamento, onde geralmente a cada um ponto a mais da pureza reduzida, se aumenta 1% na produção total de açúcar.

A medida que ocorre a cristalização do açúcar do mel final a taxa de cristalização se torna cada vez mais baixa, até atingir um ponto que não se pode mais cristalizar. A pureza do mel final depende principalmente da quantidade de água. Para um mesmo conteúdo de agua a natureza e a quantidade de não sacarose oriundos da cana, controlam sua pureza. Os açúcares redutores e cinzas exercem efeitos opostos na retenção da sacarose. Os açúcares redutores tomam o lugar da sacarose, como tal que quanto mais açúcares redutores presentes menos sacarose será retida. Ou seja, quanto maior a % de açucares redutores, menos sacarose será retida.

Em geral quanto maior o teor de cinzas, menor a taxa de cristalização. Dessa condição uma fabrica que processa caldo com alto teor de cinzas pode não atingir o mesmo valor de pureza com uma fábrica de iguais equipamentos que processa caldo com baixo teor de cinzas.

Então quanto menor a pureza do caldo que entra na fábrica, mais mel será produzido por unidade de sacarose e maior quantidade de material de baixa pureza será processado

Ex; caldo com 80 de pureza vai produzir 2,4 mais melaço que um caldo de 89 de pureza.

Problemas com a deterioração do caldo de cana

Um fator que traz bastante complicações para fabrica e dificulta o esgotamento é o crescimento de cristais “alongados”, onde esse tal fato ocorre quando a fábrica recebe caldo de cana deteriorada, onde pequenas quantidades de sustâncias produzidas pelo crescimento de microorganismos na cana, em particular o oligossacarídeos que se acumulam em certas faces do cristal e inibem a deposição da sacarose. Com isso a a pureza do mel final aumenta demasiadamente aumentando a viscosidade da massa não deixando a mesma circular com facilidade e dificultando esgotamento da fábrica.

Diogo Brasileiro Bortolotti

Sólida experiência de 28 anos na Área Sucroalcooleira, desenvolvendo atividades nos cargos de Gerência, Supervisão, Coordenação, Liderança de fábrica e operação de equipamentos industriais; Prática em “start up” de colunas de destilação, automação de fermentação, caldeiras, sistema de fuligem, moenda e fábrica de açúcar. Conhecimento na área de manutenção industrial, normas de segurança do trabalho, sistema de gestão de qualidade, gestão de projetos Capex e Opex, análises laboratoriais e eficiência industrial.

Sólida experiência de 28 anos na Área Sucroalcooleira, desenvolvendo atividades nos cargos de Gerência, Supervisão, Coordenação, Liderança de fábrica e operação de equipamentos industriais; Prática em “start up” de colunas de destilação, automação de fermentação, caldeiras, sistema de fuligem, moenda e fábrica de açúcar. Conhecimento na área de manutenção industrial, normas de segurança do trabalho, sistema de gestão de qualidade, gestão de projetos Capex e Opex, análises laboratoriais e eficiência industrial.