Na terça-feira, dia 22 de julho, a Coca-Cola anunciou o lançamento de uma nova versão de seu refrigerante adoçada com açúcar de cana produzido nos Estados Unidos — uma mudança que, segundo o presidente Donald Trump, atende ao desejo de substituir o xarope de milho atualmente utilizado na fórmula original.
A alteração, segundo estimativa de Plínio Nastari, CEO da DATAGRO, deverá demandar cerca de 1,5 milhão de toneladas de açúcar por ano, com potencial para alterar significativamente o balanço global da commodity.
Em entrevista à CNN Money, Nastari explicou que a projeção atual para o ano comercial 2025/26 indicava um superávit global de 900 mil toneladas de açúcar.
Com a nova demanda da Coca-Cola, esse cenário se inverteria para um déficit de 500 mil toneladas.
O mercado norte-americano já conta com uma demanda expressiva por versões da Coca-Cola produzidas no México, que utilizam açúcar de cana em vez de xarope de milho. Essas latas e garrafas, importadas e vendidas nos EUA, chegam a custar até três vezes mais do que a versão convencional americana.
A preferência por açúcar de cana se sustenta tanto pelo sabor diferenciado quanto por estudos médicos que apontam uma maior propensão à obesidade associada ao consumo de bebidas adoçadas com xarope de milho rico em frutose e glucose, em comparação com aquelas adoçadas com açúcar cristalizado da cana.
Confira o vídeo com a entrevista de Plinio Nastari: