Os preços elevados do açúcar fizeram os consumidores adiarem as compras do produto à espera de um valor mais favorável. O resultado foi uma “queima” dos estoques, que já eram pequenos devido ao deficit mundial do produto. Caíram para patamares críticos. Ao retornar ao mercado, os países importadores estão encontrando dificuldades de abastecimento, principalmente no Brasil, o maior fornecedor mundial de açúcar e, neste momento, o único.
Essa dificuldade se deve a um problema de logística de portos, agravado ainda pelas chuvas. Como o apetite dos importadores é grande, os portos brasileiros estão com dificuldades na capacidade física de embarques.
A procura por açúcar é tão grande que os importadores pagam um prêmio pelo produto brasileiro, uma situação inusitada em relação ao que ocorre normalmente nesse período do ano. O açúcar está sendo negociado a 19,4 centavos de dólar por libra-peso em Nova York, o que corresponde a US$ 445 por tonelada para o produto brasileiro. Além
desse valor, há um acréscimo de US$ 25,2 por tonelada como ágio, ou seja, 5,7% a mais.