A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do Ministério da Agriculta e Pecuária, prevê queda de 2% na oferta de cana-de-açúcar na safra nacional 2025/26.
Em números, o país deverá processar 663,4 milhões de toneladas de cana, ante 677 milhões de toneladas divulgadas pela Conab em levantamento divulgado em abril (leia a íntegra aqui).
Por que a Conab tem previsão negativa para a safra 2025/26?
A projeção da Conab está em seu 1º Levantamento da Safra de Cana-de-açúcar 2025/26, divulgado na terça-feira, 29 de abril.
JornalCana lista a seguir 8 informações do Boletim da Conab sobre os motivos das projeções:
- 1 – Área destinada para cana no Brasil: a área se mantém relativamente estável em relação a 2024/25, com um ligeiro aumento de 0,3% chegando a 8,79 milhões de hectares.
- 2 – Produtividade média dos canaviais: está estimada em 75.451 quilos por hectares, uma queda de 2,3% quando comparada com a última safra.
- 3 – Motivo da queda da produtividade: a redução se deve às condições climáticas desfavoráveis durante as fases de desenvolvimento das lavouras em 2024.
- 4 – Cenário no Centro-Sul: na região, é esperada uma queda na colheita de cana neste ciclo de 4,4% quando se compara à safra 2024/25, totalizando 420,2 milhões de toneladas. A região registrou uma condição climática desfavorável durante o desenvolvimento das lavouras, sobretudo em São Paulo, onde, além das baixas pluviosidades e altas temperaturas, foram registrados focos de incêndios, que afetaram parte dos canaviais. Esse cenário influenciou negativamente a produtividade média em 3,3%, estimada em 77.573 kg/ha. Além do menor desempenho das lavouras, a Conab também estima uma redução na área colhida.
- 5 – Cenário no Centro-Oeste: a segunda região que mais produz cana-de-açúcar no país tem a estimativa para esta safra de produzir 148,4 milhões de toneladas. O volume representa um crescimento de 2,1% sobre o ciclo 2024/25, influenciado pelo aumento da área cultivada em 3,4% chegando a 1,91 milhão de hectares. Esse incremento compensa a perda esperada na produtividade média de 1,2%, projetada em 77.574 quilos por hectare, decorrente de condições climáticas menos favoráveis durante a fase evolutiva das lavouras.
- 6 – Cenário no Nordeste: na região, onde as lavouras estão na fase de crescimento com previsão do início da colheita a partir de agosto, o incremento de área e a expectativa de melhores produtividades deverão aumentar a produção em 3,6%, com expectativa de colheita em 56,3 milhões de toneladas.
- 7 – Cenário no Norte: a expectativa de uma maior área destinada ao setor sucroenergético e melhora na produtividade, estimada em 82.395 kg/ha com o fator climático favorável, aponta para uma produção de 4,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.
- 8 – Mix produtivo da safra: O Brasil continua a se destacar como o maior fornecedor mundial dea açúcar, consolidando sua posição no mercado externo. Em virtude disso, a tendência de ampliação da produção de açúcar se mantém para a safra 2025/26, mesmo diante de uma oferta potencialmente menor de matéria-prima.
Clique aqui para acessar a íntegra do levantamento da Conab