Pela primeira vez na série histórica, com início em 2005, 21 dos 22 setores do levantamento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) criaram postos de trabalho em um mesmo mês. Somente um setor – outros equipamentos de transportes, exceto veículos automotores – registrou demissões no mês de maio, e, ainda assim, de apenas 0,1% na comparação com abril, o que correspondeu ao fechamento de 28 postos de trabalho.
“Isso demonstra a consistência do crescimento econômico e o espraiamento entre os mais diversos setores da indústria”, disse o diretor-adjunto do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Walter Sacca. Ele destacou o fato de que esse cenário tem se repetido nos últimos três meses. Em abril, 19 setores contrataram, dois mantiveram o nível de emprego estável e um demitiu. Em março, 20 contrataram e dois mantiveram o nível de emprego estável. “É uma trinca de bons resultados”, definiu.
Em maio, a indústria paulista criou 16,5 mil postos de trabalho, resultado bem avaliado pelos executivos da Fiesp. “Tivemos a contribuição de vários setores para esse resultado e esperamos a continuidade desse processo ao longo do ano”, afirmou o gerente do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da entidade, André Rebelo. A previsão da Fiesp para este ano é de crescimento de 5,6% no nível de emprego com a criação de 130 mil postos de trabalho.
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No mês passado, a contribuição do setor de açúcar e álcool para a criação de vagas foi bem menor que nos últimos meses. Do crescimento de 0,67% sem ajuste sazonal em maio ante abril, o setor sucroalcooleiro respondeu por 0,07 ponto percentual ou 1.681 vagas, enquanto os demais setores participaram com 0,6 ponto ou 14.819 vagas. No acumulado do ano, o cenário se repete: da alta de 5,95% (ou 139 mil vagas), o setor de açúcar e álcool participou com 2,12 ponto percentual ou 49.608 vagas e os demais setores com 3,83 ponto ou 89.392 vagas.
O setor de veículos automotores, reboques e carrocerias foi o recordista do mês em termos de criação de empregos com 3.359 novas vagas, seguido por confecção de artigos de vestuário (1.944), produtos de borracha e material plástico (1.838), produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (1.279), coque, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis (1.210), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (1.157). Em termos regionais, o nível de emprego subiu 0,72% no interior e 0,56% na Grande São Paulo.
