Para reduzir o consumo de fontes poluentes, os Estados Unidos estabeleceram metas de consumo de biocombustíveis. Richard Newell afirma que, diante disso, há espaço para o etanol brasileiro no país. “Os Estados Unidos vão consumir um grande volume de biocombustíveis. Nós vemos algum aumento nas importações de etanol e parte dessa importação pode ser feita com etanol de cana-de-açúcar do Brasil”. No mundo, o consumo de biocombustíveis deve saltar de 1 milhão de barris em 2007, para mais de 4 milhões em 2035, segundo ele. “Isso está vindo de Brasil, EUA e um pouco, em menor nível, de países como China”, acrescenta.
O custo estimado de exportação do etanol brasileiro, segundo ele, pode ser impactado pelos gastos com transporte. “A questão é saber se os preços do frete são competitivos”. Houve, segundo ele, ganhos de eficiência no Brasil, mas ainda há um “caminho a se percorrer”.
Segundo ele, a tarifa de importação do combustível nos EUA, alvo de críticas de produtores brasileiros, foi criada para não permitir excesso de importações, já que os EUA criaram incentivos para a mistura de etanol na gasolina. Mas, passado o incentivo, a alíquota poderá ser revisada. “Criaram primeiro subsídio para misturar etanol na gasolina e, para não estimular importação, criaram tarifa. Eu e minha agência não tomamos posições políticas, não fazemos juízo de valor”.