Ao contrário do comportamento dos preços futuros do açúcar no mercado internacional, em reta ascenção na bolsa de Nova York, as cotações do produto no mercado interno continuam sem sustentação.
A saca do açúcar encerrou o mës de janeiro a R$ 28,67, com desvalorização de 4,1% nos últimos 30 dias. Entre janeiro e maio, é o período de entressafra da cana no Centro-Sul do país.
No mercado internacional, os preços futuros do açúcar fecharam em alta nesta segunda-feira, dia 31 de janeiro. Os contratos de maio encerraram a 9,54 centavos de dólar por libra-peso, na bolsa de Nova York, com aumento de 7 pontos, sobre dia 28 de janeiro. “A boa demanda internacional por parte da Índia está dando sustentação aos preços”, disse Alexandre Mourani, da Ágora Senior.
A queda dos preços no mercado interno reflete a desova dos estoques. Além disso, as indústrias estão, em parte, abastecidas, comprando apenas da “mão para boca”.
Os preços do álcool também recuaram em janeiro. O litro do anidro fechou no dia 28 a R$ 0,87477, com recuo de 3,6% em janeiro. O litro do hidratado fechou cotado, no dia 28, a R$ 0,76047, com recuo de 1,8% no mês.
A expectativa é de que a safra 2005/06 de cana no Centro-Sul seja antecipada para o final de março para atender ao abastecimento no mercado interno. Na safra 2004/05 a colheita ficou próxima de 327,5 milhões de toneladas. No mercado, as projeções são de que a nova safra atinja 360 milhões de toneladas no Centro-Sul do país. O clima tem contribuído para desenvolver os canaviais no Centro-Sul, com chuvas no interior do Estado de São Paulo.