Mercado

Segmento sucroalcooleiro tem desafios

Os desafios no setor sucroalcooleiro de Mato Grosso envolvem a capacitação do trabalhador no campo e na indústria. A mecanização da mão-de-obra na colheita da cana-de-açúcar é um dos fatores que levou o setor a discutir com representantes governamentais o futuro da indústria mato-grossense. O tema deu origem ao Fórum de Melhores Práticas Trabalhistas no Setor sucroalcooleiro, que foi realizado nessa quinta-feira (27) na sede da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt).

Segundo o diretor-executivo do Sindicato das Indústrias sucroalcooleiras de Mato Grosso (Sindalcool/MT), Jorge dos Santos, 40% da colheita da cana no Estado é feita manualmente. Ele aponta que esse percentual é o mesmo dos últimos anos. Conforme dados do Sindalcool-MT, na safra 2009/2010 foram empregados no setor cerca de 14,429 mil trabalhadores, que inclui 10,069 mil da agricultura, 3,276 mil da indústria e 1,084 mil do setor administrativo. “Além disso temos gerado outros 58 mil empregos indiretos”. Sobre a qualificação da mão-de-obra, Santos ressalta que neste ano deverão serem qualificados 3,417 mil funcionários.

Para a chefe de Inspeção do Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Mato Grosso (SRTE-MT), Norma Lúcia Silva, independentemente dos índices é necessário viabilizar a inclusão do trabalhador que perdeu o espaço. Ela acrescenta que os avanços da indústria contribuíram para a redução dos problemas trabalhistas. “Tanto empresa quanto trabalhador estão mais conscientes quanto ao direito da carteira assinada e do recolhimento do FGTS”. De acordo com ela, a qualidade de vida do empregado está sendo mais respeitada.

Números do Sindalcool apontam que em 2009 cerca de R$ 2 milhões foram aplicados pelas indústrias em atividades sociais aos trabalhadores e comunidades.

Atividade suspensa – A redução de mercado para o álcool anidro provocou o fechamento da Usina Araguaia, localizada em Confresa (1,160 mil km de Cuiabá). A informação é do diretor do Sindalcool, Jorge dos Santos. A empresa deixará de moer 200 mil toneladas de cana e de produzir 15 milhões de litros de etanol. Cerca de 800 trabalhadores foram demitidos.