A safra começou há um mês e a previsão é de moer seiscentos e sessenta e quatro milhões de toneladas de cana, 10 % mais que a safra passada. Desse total, 45,4% devem ser destinadas a fabricação de açúcar, e 54,6% para o etanol.
O presidente da Cooperativa dos Plantadores de Cana do Oeste de São Paulo, Manoel Ortolan, diz que os produtores foram surpreendidos com a queda nos preços. “Ainda esperamos um resultado melhor de safra do que foi a anterior, mas não como do que era prevista, ou seja, se a gente esperava para essa safra um preço significativamente melhor para remunerar o custo de produção, se a gente empatar já vai estar bom”, diz Manoel.
Além da expectativa de melhores preços para esta safra, a produtividade da cana de açúcar está melhor. O tempo chuvoso nos meses de novembro e dezembro favoreceu o desenvolvimento dos canaviais.
Uma usina em Sertãozinho deve processar três milhões de toneladas. O gerente agrícola, Fernando Prati, explica que a qualidade da cana que chega na indústria está melhor do que o ano passado. “Este ano nós estamos inicialmente dentro deste primeiro mês de abril com 5% acima desta produtividade. E o ganho de ATR está em torno de 20 quilos de ATR, em relação ao ano passado”, afirma o diretor agrícola Fernando José Prati.
Luiz Carlos Tasso Junior tem 210 hectares de cana em Sertãozinho. A previsão é de colher toda a área plantada até o final de julho. Ele conta que a atividade esse ano está melhor que nos anos anteriores. Mas lembra que mesmo com o cenário positivo os custos também aumentaram.
“A maior elevação foi com relação ao corte, carregamento e transporte e os insumos corretivos, o calcário e o gesso e o adubo fertilizante químico estimado em 17% o aumento do nosso custo global em detrimento a uma relação de 13% a 14% nos preços”, afirma Luiz Carlos.
EPTV – Emissoras Pioneiras de Televisão