Pernambuco pode se tornar parceiro comercial do Paquistão nos setores sucroalcooleiro, de vestuário e de produtos cirúrgicos. Nas próximas semanas, o encarregado de negócios da embaixada do país asiático no Brasil chegará ao estado para se encontrar com empresários interessados em joint-ventures nestes três segmentos. A informação é do próprio embaixador Alamgir Babar, que esteve em Pernambuco pela primeira vez nos sete meses em que exerce a função em Brasília. Ele se encontrou com o governador Eduardo Campos e fez ontem um sobrevoo em Suape, para conhecer as obras do porto, da refinaria e do parque naval.
De acordo com Alamgir Babar, o encarregado de negócios deverá conhecer o polo têxtil de Toritama. Grande fabricante de jeans, vestuário e peças de cama, mesa e banho, o Paquistão não consegue vender muito para o Brasil por conta da alta taxação brasileira para roupas prontas. “É possível que uma empresa receba o material enviado por uma empresa paquistanesa e faça o acabamento aqui”, explicou.
Mesmo sendoum grande produtor de açúcar, o Paquistão precisa ainda importar o produto para abastecer o mercado interno. O embaixador disse que Pernambuco tem tradição nesta área e pode se tornar um dos fornecedores em contratos futuros. Com uma ligação portuária, o estado tem condições de levar produtos made in Pakistan para a América Latina.
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Como Pernambuco abriga um dos maiores polos médicos do Brasil, pode se tornar um grande consumidor e também distribuidor dos equipamentos médicos produzidos no Paquistão. Atualmente, na balança comercial Brasil – Paquistão, o país asiático exporta principalmente alimentos, mas quer mudar este perfil à medida em que se moderniza e investe em postos e rodovias.
Com 170 milhões de habitantes, a República Islâmica do Paquistão é uma potência nuclear e quer se tornar um ponto estratégico para quem busca fazer negócios no mercado asiático. O país faz fronteira com o Irã, a China, a Índia e o Afeganistão, além de estar a pouca distância do Oriente Médio. “Estamos construindo um grande porto, como o de Suape, que vai facilitar as nossas exportações e levar produtos para todas as regiões do nosso país”, afirma Alamgir Babar.
