Mercado

Gringos detêm 25% da cana

A participação do capital externo no setor sucroalcooleiro vem ganhando cada vez mais força e, hoje, já representa quase um quarto de toda a produção de cana do estado, o equivalente a mais de 11,6 milhões de toneladas. Há 10 anos, essa participação sequer existia. De fato, começou em 2001, quando foi realizado o primeiro investimento pela francesa Louis Dreyfus, que adquiriu a Usina Luciânia em Lagoa da Prata, na região Centro-Oeste. Durante muito tempo foi a única no mercado regional, mas nos últimos quatro anos, a tendência de entrada de capital estrangeiro vem se acentuando.

“Uma das características da próxima safra são os processos de fusão e aquisição. Não existem mais projetos de novas usinas a serem implantadas. As que estão sendo inauguradas já estavam planejadas antes da crise financeira”, diz o presidente do Siamig e Sindaçúcar, Luiz Custódio Cotta Martins. Entre elas, está a usina Vale do Tijuco, localizada em Uberaba, no Triângulo, que conta com capital da americana ZBI Ventures. A previsão é de que a usina seja inaugurada na primeira semana de maio.

A também norte-americana ADM começou a operar no mercado mineiro no ano passado, enquanto a Bunge reforçou sua participação no setor com a compra de mais duas usinas em Minas no ano passado, além da que já havia sido adquirida em 2008. O grupo Man também se prepara para inaugurar um empreendimento em 2012 junto a sócios mineiros.