O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, avalia que o Brasil precisa de grupos com disposição e capacidade para investir em grandes projetos do setor elétrico nacional. “É de interesse do País ter investidores comprometidos, com estratégia mais pró-ativa para a criação de novas unidades geradoras, mais transmissão e distribuição”, afirmou ontem.
Coutinho não quis especificar qual será o papel do BNDES na consolidação do setor elétrico, atualmente em curso no País. Ele disse que “esse é um assunto fundamentalmente do setor privado, que depende de decisões de lideranças do setor privado”. O BNDES tem participação relevante na Brasiliana, holding da Eletropaulo e AES Tietê, com 50% menos uma ação ordinária. O controle é da norte-americana AES.
“O País está carente de grupos capacitados, fortes e comprometidos em investir firmemente no setor”, afirm! ou, sem citar nomes. Coutinho também considera importante a existência de empresas brasileiras fortes no setor de etanol. Isso não significa, disse, posição contrária à presença e o desenvolvimento de companhias estrangeiras no segmento. “Vários dos projetos recentes de empresas estrangeiras tiveram o apoio do BNDES.”
Segundo ele, o banco não entrará na estatal de telecomunicações estudada pelo governo. Segundo Coutinho, o banco estará preparado para financiar os equipamentos e a expansão da infraestrutura das operadoras privadas e de quem estiver qualificado para atuar. “No entanto, a Lei de Responsabilidade Fiscal não permite empréstimos do BNDES para empresas dependentes do Tesouro”, lembrou.
Ele defendeu, ainda, a participação do governo no setor de banda larga, como forma de expansão de áreas não atendidas.
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, avalia que o Brasil precisa de grupos com disposição e capacidade para investir em grandes projetos do setor elétrico nacional.