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Exclusão da taxa de importação de etanol depende do Mercosul

O secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto, disse nesta terça-feira que o governo brasileiro deve excluir a taxação de 20% sobre o etanol importado. Entretanto, ele explicou que essa exclusão, a ser oficializada na reunião do próximo dia 9 de fevereiro pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), é temporária, válida por seis meses.

“Para fazer a exclusão definitiva é preciso negociar e obter a aprovação de todos os países membros do Mercosul”, disse o secretário. Para ele, como dificilmente a Argentina aprovará isentar o etanol da taxação, a alternativa, após seis meses, será colocar novamente o produto numa “lista de exceção”, sem nenhuma alíquota paga a mais na importação para o Brasil.

A redução da tarifa poderia ser mais um fator para ajudar a resolver futuros problemas, como o vivenciado hoje pelos brasileiros, que não veem vantagem em abastecer o carro flex com etanol porque a oferta menor fez os preços subirem. Para Porto, entretanto, no patamar atual de preços, mesmo compensando abastecer com gasolina em quase todos os Estados brasileiros, a importação não contribuiria para a queda dos preços do etanol.

O secretário afirmou que os preços adotados internacionalmente estão mais elevados do que os do mercado interno, mesmo com a elevação dos últimos meses. De acordo com Porto, a eliminação da tarifa de importação seria uma arma a mais na briga contra a alta taxação praticada pelos Estados Unidos e outros países, impondo barreiras ao etanol brasileiro.