Administração

Reforma Tributária traz mudanças para o setor bioenergético

Entre as novidades estão o IBS e CBS, novas tributações que devem trazer mudanças significativas para o setor em toda cadeia produtiva

A Reforma Tributária está trazendo transformações significativas para o sistema tributário brasileiro, e duas das principais novidades são a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços). Essas novas tributações visam simplificar a arrecadação, reduzir a burocracia e tornar a tributação mais transparente.

O tema foi pauta de um evento promovido pelo Escritório de Advocacia Brasil Salomão, realizado na sede do escritório em Ribeirão Preto (SP), na manhã desta terça-feira, dia 15, com participação do advogado tributarista Fábio Calcini, referência em direito tributário no agronegócio.

IBS e CBS são algumas das novidades

“Nós tivemos um evento hoje onde discutimos com o setor bioenergético a respeito da reforma tributária, que criou o IBS e CBS, com mudanças significativas para o setor em toda a cadeia. Desde o produtor rural, que terá uma complexidade maior na apuração dos seus tributos, até as relações com os fornecedores. Todos – da área contábil, jurídica, TI – precisarão estar muito bem preparados para essa fase de transição que começa no ano que vem”, afirmou Fábio Calcini em entrevista a Marcelo Bento, da ProCana Brasil.

Transição requer alinhamento de todos

A abertura do evento ficou por conta de Hugo Cagno Filho, presidente da UDOP – União Nacional da Bioenergia, que enfatizou o caráter histórico e urgente da reforma tributária:

“Vivemos um momento emblemático no Brasil. Depois de décadas de debates, propostas e tentativas, a tão aguardada reforma tributária começa, finalmente, a tomar forma de maneira concreta. A complexidade do sistema atual — marcado por sobreposições, insegurança jurídica e alta carga administrativa — é reconhecida por todos: empresários, trabalhadores, governos e estudiosos. E é exatamente por isso que a discussão sobre a reforma se mostra tão urgente quanto delicada”, disse Cagno.

Os participantes destacaram a importância de uma preparação abrangente para lidar com as mudanças, enfatizando que o sucesso da transição dependerá do alinhamento entre as diversas áreas envolvidas. 

O setor bioenergético, em especial, deverá adaptar seus processos para enfrentar o novo regime não cumulativo imposto tanto a pessoas físicas quanto jurídicas, o que promete redefinir a dinâmica das relações comerciais e administrativas no agronegócio.